França proíbe protestos na Champs-Elysées após atos de vandalismo em Paris
Dois dias após protestos marcados por atos de vandalismo em Paris durante um ato organizado pelos "coletes amarelos", o governo francês decidiu proibir a organização de manifestações em zonas consideradas sensíveis. O chefe da polícia parisiense também foi demitido.
Dois dias após protestos marcados por atos de vandalismo em Paris durante um ato organizado pelos “coletes amarelos”, o governo francês decidiu proibir a ...Joalherias e lojas saqueadas, restaurantes e bancos incendiados, confrontos entre manifestantes e policiais. As imagens de violência na famosa avenida Champs-Elysées causaram indignação e fizeram lembrar as cenas de caos de dezembro, quando o Arco do Triunfo foi vandalizado.
Criticado, o governo admitiu que houve "falhas" no dispositivo de segurança estabelecido neste final de semana. "Os acontecimentos em Paris são intoleráveis e o presidente da República pediu ao governo uma resposta à altura da situação", declarou o primeiro-ministro Edouard Philippe, ao final de uma reunião de crise presidida por Emmanuel Macron no Palácio do Eliseu nesta segunda-feira (18).
Philippe anunciou várias medidas destinadas a impedir que o cenário de sábado (16) se repita. Entre elas, a proibição de "manifestações nos bairros mais afetados quando tivermos conhecimento da presença de vândalos e sua vontade de causar danos", incluindo na famosa Champs-Elysées, na praça Pey-Berland em Bordeaux e na praça do Capitólio em Toulouse (sudoeste).
O primeiro-ministro também anunciou a demissão do chefe de polícia de Paris, Michel Delpuech. Ele será substituído na quarta-feira (20) por Didier Lallement, chefe de polícia da região de Aquitaine, no sudoeste da França.
Valor das multas foi reajustado
Além disso, haverá um aumento considerável na multa aplicada a quem participar de uma manifestação proibida. Quem infringir a lei terá que pagar 135 euros ao invés dos 38 euros atualmente em vigor.
De acordo com um membro da equipe de Macron, o chefe de Estado está "determinado" a parar com os atos de violência e acredita que "não há diálogo possível com esse núcleo duro de extremistas".
(Com informações da AFP)