Terrorista que atacou mesquitas na Nova Zelândia é "racional", diz advogado
Brenton Tarrant, o jovem de 28 anos que matou pelo menos 50 pessoas em um ataque contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, disse que vai se defender sozinho. A declaração foi dada nesta segunda-feira (18) pelo seu advogado, Richard Peters.
Brenton Tarrant, o jovem de 28 anos que matou pelo menos 50 pessoas em um ataque contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, disse que vai se defender sozinho. A declaração foi dada nesta segunda-feira (18) pelo seu advogado, Richard Peters.
Segundo Peters, que também acompanhou o terrorista de extrema direita nas audiências preliminares, Tarrant “não quer um advogado.” Ele também explicou que a questão da responsabilidade penal não se aplica ao caso, já que o extremista parece racional, ou seja, consciente de seus atos, e “compreende perfeitamente o que fez”.
O australiano foi indiciado neste sábado (16) por homicídio doloso pelo tribunal do distrito de Christchurch. Durante a audiência, ele fez um gesto com a mão que simboliza o reconhecimento da supremacia branca. Ele filmou e transmitiu ao vivo pelas redes sociais o atentado de sexta-feira (50). Nas imagens, ele aparece atirando nos fieis deitados no chão da mesquita.
Viagem a Israel
Novas informações sobre sua trajetória vieram à tona nesta segunda-feira (18). Em 2016, Tarrant esteve nove dias em Israel, segundo a porta-voz da Autoridade da Imigração israelense, Sabine Haddad. Ela não tem mais detalhes sobre sua estadia, mas informou que o australiano tinha um visto de turista de três meses. Brenton Tarrant, fascista e racista assumido, cresceu em Grafton, no estado de New South Wales, na Austrália, e viajou para diversos países nos últimos dez anos. Recentemente, ele vivia na Nova Zelândia, em Dudenin, a 300 km no sudoeste de Christchurch.
Nesta segunda-feira (19), o ministro australiano do Interior, Peter Dutton, declarou que o suspeito passou apenas 45 dias na Austrália nos últimos três anos e não integrava nenhuma lista de suspeitos de terrorismo. Ele também esteve na Grécia, na Croácia e na Bulgária.
Reforço legislação armamento
A Nova Zelândia também anunciou nesta segunda-feira (18) um endurecimento da sua legislação sobre armas depois do atentado. A primeira-ministra do país, Jacinta Ardern, assegurou que a coalizão governamental estava de acordo em relação à necessidade de restringir o acesso às armas.
O vice-primeiro ministro, Winston Peters, e seu partido, New Zeland First, até então contrários à medida, se disseram favoráveis à medida. Uma investigação interna será aberta para analisar como Tarrant não despertou a atenção dos serviços de informação locais.
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