Itália: Condenado à prisão perpétua, Battisti reconhece assassinatos nos anos 70
O ex-ativista de extrema esquerda, Cesare Battisti, que permaneceu foragido durante 40 anos, reconheceu para um juiz italiano que é responsável por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970.
O ex-ativista de extrema esquerda, Cesare Battisti, que permaneceu foragido durante 40 anos, reconheceu para um juiz italiano que é responsável por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970.
Esta é a primeira vez que Cesare Battisti, que foi extraditado em janeiro para a Itália, onde cumpre pena de prisão perpétua, admite ser responsável pelos crimes que renderam sua condenação à revelia. O anúncio foi feito pelo promotor de Milão, Alberto Nobili, citado pela imprensa italiana.
Battisti, 64 anos, reconheceu todas as acusações, segundo o promotor. De acordo com Nobili, essa confissão “inesperada” aconteceu durante o interrogatório de Battisti, ocorrido no sábado e no domingo. O ex-ativista também pediu desculpas às famílias das vítimas pela “dor provocada.”
Battisti foi condenado em 1981 pela morte, em 1978, de Antonio Santoro, um agente carcerário, e de Andrea Campagna, um motorista da polícia. Ele também foi condenando por cumplicidade na morte do relojoeiro Pier Luigi Torregiani. Seu filho Alberto, que tinha 15 anos na época, ficou gravemente ferido durante esse ataque e se tornou tetraplégico.
O ex-ativista também foi condenado por ter participado do assassinato de um açougueiro, Lino Sabbadin. Cesare Battisti foi capturado em janeiro na Bolívia depois de 40 anos de fuga, 15 deles na França. Em 2004 ele foi para o Brasil, onde viveu clandestinamente até 2007.
Exílio no Brasil
No mesmo ano, foi preso no Rio, mas, em 2010 o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou sua extradição para a Itália, concedendo o visto de exilado político. Com a eleição de Jair Bolsonaro, sua extradição para a Itália foi concedida. Battisti fugiu par a Bolívia mas acabou detido em uma operação conjunta de policiais bolivianos e italianos. Atualmente ele cumpre pena de prisão perpétua na ilha da Sardenha.
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