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Autópsia confirma que magnata americano Jeffrey Epstein se suicidou na prisão

17/08/2019 04h38

O milionário, acusado do abuso sexual de menores, se suicidou por enforcamento. A informação foi divulgada nesta (16) pelo Departamento de Medicina Legal de Nova York. A morte do magnata se transformou em um escândalo nacional.

Segundo a chefe de medicina legal de Nova York, Barbara Sampson, um exame completo e detalhado confirmou a causa da morte de Epstein. O resultado foi divulgado seis dias de Epstein, 66 anos, ter sido encontrado morto em sua cela em uma prisão de Manhattan.

Funcionários anônimos citados pelo jornal The New York Times disseram que ele usou seus lençóis para se enforcar. A morte do magnata, que estava detido em um dos centros penitenciários mais seguros do país, causou revolta nos Estados Unidos, suscitando dúvidas e gerando diversas teorias da conspiração.

A suspeita é que ele pode ter sido assassinado para proteger as muitas personalidades com quem se relacionava. Entre elas, o príncipe Andrew, o ex-presidente americano Bill Clinton e o atual chefe de Estado americano, Donald Trump.

Os advogados do milionário disseram não estar satisfeitos com as conclusões da Justiça e declararam que vão realizar uma investigação paralela, pedindo o acesso às gravações das câmeras de segurança da prisão. "Não há dúvidas de que as autoridades violaram seus próprios protocolos", afirmaram os advogados, condenando as "duras, inclusive medievais, condições da prisão".

Diretor do estabelecimento é transferido

A confirmação do suicídio está longe de responder todas as perguntas sobre sua morte. O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, lançou no mesmo sábado duas investigações que revelaram "sérias irregularidades" na cadeia. O diretor do estabelecimento foi transferido e os dois guardas encarregados de vigiar Epstein na noite de sexta e sábado foram suspensos.

Os funcionários da prisão citados pelo The New York Times disseram que os guardas haviam dormido três horas no momento do suicídio, sendo que eles deveriam se alternar na guarda a cada três horas. Dias antes de sua morte, em 23 de julho, Epstein havia sido encontrado jogado no chão de sua cela com marcas no pescoço, após uma aparente tentativa de suicídio. Depois deste episódio, foi colocado sob vigilância especial, mas só até 29 de julho.

Diante da indignação das supostas vítimas do bilionário, o departamento de Justiça prometeu continuar as investigações das acusações, assim como de seus possíveis cúmplices. Entre eles, sua amiga próxima, Ghislaine Maxwell, acusada por várias demandantes de ter recrutado escravas sexuais para sua rede e participado de alguns abusos.

Seu paradeiro é desconhecido, mas o jornal New York Post publicou nesta sexta fotos que pareciam mostrá-la no terraço de um restaurante de Los Angeles, mas sem especificar as datas das imagens. Epstein era acusado de exploração sexual de menores de idade e outro de associação para explorar sexualmente menores de idade entre 2002 e 2005. Se fosse condenado, poderia pegar 45 anos de prisão.