EUA e China teriam chegado a acordo para diminuir tarifas alfandegárias
Os Estados Unidos teriam concordado em suspender e reduzir algumas tarifas alfandegárias sobre produtos chineses como celulares, videogames ou roupas esportivas. Em contrapartida, Pequim se comprometeria a adquirir cerca de US$ 50 bilhões em produtos agrícolas americanos, em 2020 - o equivalente ao dobro do ano de 2017.
A decisão deve ser anunciada pela Casa Branca nesta sexta-feira (13). As tarifas alfandegárias americanas deveriam ser aplicadas a partir de domingo, 15 de dezembro, e correspondem ao equivalente a US$ 160 bilhões em produtos chineses. De acordo como Ministério das Relações Exteriores chinês, o país está "decidido a resolver o diferendo comercial com os Estados Unidos", mas o acordo deve ser vantajoso para ambas as partes.
A informação foi divulgada por fontes presentes nas negociações desta quinta-feira (12). Negociadores americanos teriam proposto aos chineses uma redução de cerca de 50% das tarifas alfandegárias em vigor sobre US$ 375 bilhões de produtos de importação e o cancelamento de novas imposições, que seriam aplicadas a partir de de domingo. A tentativa era concluir a primeira fase do acordo.
Em uma mensagem publicada no Twitter, o presidente americano, Donald Trump, já havia anunciado, nesta quinta-feira (12) que os Estados Unidos estavam "muito perto" de um "grande acordo" com a China, provocando a rápida recuperação da Bolsa de Nova York, que havia aberto em baixa nesta quinta.
Eleições 2020
A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos têm um efeito direto no crescimento e investimentos das empresas no mundo todo. A decisão de Trump, que disputa a reeleição em 2020, favorece o diálogo com os chineses. Com a campanha ganhando força, Trump tende a tomar a iniciativa política para mostrar a seus eleitores que sua agressiva postura frente à China gera resultados.
Os Estados Unidos buscam que a China abra seu enorme mercado para mais bens. Reivindicam ainda que os chineses reformem, rapidamente, práticas econômicas e comerciais vistas por Washington como um abuso sistemático contra os investidores estrangeiros.
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