Grupo EI anuncia nova fase de ataques em Israel
O grupo Estado Islâmico (EI) afirmou em uma mensagem, nesta segunda-feira (27), que vai lançar uma "nova fase" de atentados terroristas. O alvo principal será Israel, de acordo com um áudio de 37 minutos difundido no aplicativo Telegram, usado pelos jihadistas para comunicar suas ameaças e operações.
Na mensagem, "o novo chefe do grupo terrorista, Abu Ibrahim al-Hashemi al-Qurachi, diz que está determinado a entrar em uma nova fase, que nada mais é do que combater os judeus e devolver o que roubaram dos muçulmanos", afirma Abu Hamza El-Qurachi, porta-voz da rede terrorista. "Os olhos dos soldados do califado, onde quer que estejam, ainda estão fixos em Jerusalém", acrescentou o porta-voz do EI. "Nos próximos dias, se Deus quiser, vocês verão (...) o que os fará esquecer os horrores" do passado", reiterou Abu El-Qurachi, em alusão a um possível ataque.
A gravação coincide com a reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e o premiê israelense, Benjamin Netahyahu, nesta segunda-feira (27) em Washington. O chefe de Estado americano deve apresentar um plano de paz que está sendo considerado "histórico", pelos israelenses mas é rejeitado pelos palestinos, que afirmam não terem sido convidados para o encontro.
O plano prevê, em princípio, que Israel anexe o Vale do Jordão, uma área agrícola e estratégica que equivale a 30% da Cisjordânia ocupada. O projeto também prevê a anexação dos assentamentos na região e o e reconhecimento oficial de Jerusalém como única capital de Israel.
Operações militares arrasaram "califado"
Antes de perder seu território em março de 2019, a organização jihadista chegou a controlar um vasto "califado" autoproclamado, que abrangia a Síria e o Iraque e tinha cerca de sete milhões de habitantes. O grupo imprimia seu próprio dinheiro, arrecadava impostos e dirigia programas escolares destinados a formar seus futuros soldados.
A coalizão militar internacional, com o apoio das forças sírias e iraquianas, conseguiu expulsar os membros do grupo da região. Eles ainda estão presentes, entretanto, na Síria e no Iraque, perto do rio Eufrates, que atravessa os dois países e desemboca no Oriente Médio. O grupo também atua na península egípcia do Sinai, na fronteira com Israel, e tem várias "filiais" na África e na Ásia, onde ainda organizam ataques mortais.
O grupo Estado Islâmico foi responsável pela série de ataques do 13 de novembro de 2015, em Paris e Seine Saint-Denis, no subúrbio parisiense. Os atentados deixaram mais de 180 mortos, sendo 89 delas na casa de shows Bataclã, e 350 feridos. Esta foi a pior onda de ataques terroristas já cometida na França.
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