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Duas mulheres: ministra da Saúde de Macron disputará prefeitura de Paris

A ministra da Saúde da França, Agnès Buzyn, que vai disputar a prefeitura de Paris, nas eleições de março - Eric Feferberg/AFP
A ministra da Saúde da França, Agnès Buzyn, que vai disputar a prefeitura de Paris, nas eleições de março Imagem: Eric Feferberg/AFP

16/02/2020 13h44

O partido presidencial francês e seus aliados centristas encontraram neste domingo (16) na ministra da Saúde, Agnès Buzyn, 58, a sucessora ideal para Benjamin Griveaux. O candidato de Emmanuel Macron ao cargo de prefeito de Paris renunciou à disputa após escândalo sexual recente. Buzyn é uma médica reputada, e nora da mítica Simone Veil (1927-2017), autora da lei que legalizou o aborto na França.

"Entro na disputa para vencer", anunciou Agnès Buzyn. Benjamin Griveaux se encontrava em terceiro lugar nas pesquisas, atrás da prefeita socialista Anne Hidalgo e de Rachida Dati, do partido de direita Os Republicanos (LR).

A ministra, membro do partido presidencial A República em Marcha (LREM), deixará o governo assim que se nome for aprovado pelas instâncias do partido. Buzyn deixa o ministério com a imagem desgastada por uma greve sem precedentes no setor da saúde, devido à redução de orçamento e cortes no sistema público de saúde.

A saída de Griveaux, na última sexta-feira, foi provocada pela divulgação de um vídeo de caráter sexual. O escândalo causou uma onda de choque político, colocando o partido presidencial diante de um dilema, tendo que encontrar com urgência um substituto.

O primeiro e segundo turnos das eleições municipais de Paris estão marcados para 15 e 22 março.

A maioria presidencialista se viu diante de outro imperativo: agir rapidamente para impedir que o caso Griveaux parasitasse todos os assuntos, inclusive a reforma previdenciária.

A polêmica, vista nas ruas durante um conflito social excepcionalmente longo, chega nesta segunda-feira (17) à Assembleia Nacional, onde uma nova batalha épica será travada.