Brasileiro atingido a tiros no sul da França passa por terceira cirurgia
O baiano André Modenezi, 39 anos, que sofreu um ataque na semana passada dentro de seu apartamento em Toulon, no sul da França, passou hoje por uma terceira cirurgia. Ele e a mulher, Cristiane Tavares, 36 anos, foram baleados na quinta-feira (13) por um francês de 32 anos, já condenado por agressão sexual, que sofre de distúrbios psicológicos.
O baiano precisou ser novamente operado para fechar o abdome, que havia permanecido aberto depois da segunda cirurgia, realizada ontem, para tratar cinco pontos de ferimentos, informou o chefe do setor de assistência a brasileiros do Consulado de Paris, Pedro Gomides.
De acordo com o cônsul-adjunto, os médicos que acompanham o caso no Hospital Militar de Toulon estão mais otimistas com o estado de saúde do brasileiro do que na última sexta-feira (14), mas permanecem bastante cautelosos quanto ao prognóstico global de Modenezi. Ele continuará em coma induzido por seis a sete dias, explicou Gomides. Depois, quando o quadro permitir, o brasileiro terá de passar por uma longa reeducação funcional e muscular. Essa etapa do tratamento será realizada em outro estabelecimento especializado.
Cristiane Tavares, baleada nas costas quando andava na rua, perto do apartamento onde o casal reside na cidade portuária, continua internada, mas passa bem, segundo Gomides. Ela e o filho de 4 anos, que escapou ileso, recebem atendimento no Hospital Sainte-Musse. "Ela só está muito angustiada com o estado de saúde do marido", disse o cônsul-adjunto.
Tavares é servidora pública no setor de comunicação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O casal morava em Vitória da Conquista (BA) e se instalou em Toulon há cerca de cinco meses, onde a servidora faz um mestrado.
Agressor foi condenado por agressão sexual
Ao ser detido na quinta-feira, logo após o ataque visando o casal de Vitória da Conquista, o autor dos disparos, que colecionava armas de fogo, disse que era alvo de um complô. Em declaração feita à imprensa, o procurador de Toulon, Bernard Marchal, informou que o atirador se dizia perseguido "por pessoas que queriam castrá-lo quimicamente" e que ele "suspeitava de que os vizinhos faziam parte do complô".
Em setembro de 2011, o francês foi julgado por agressão sexual contra um menor de 15 anos. Ele foi condenado a três anos de prisão com sursis. Segundo as autoridades locais, o homem sofria de distúrbios psicológicos. No entanto, os brasileiros afirmam que, apesar de saberem que o delinquente frequentava o prédio onde o casal morava, não o conheciam.
A reportagem da RFI entrou em contato com o gabinete do procurador, no Tribunal de Grande Instância de Toulon, para ter informações sobre a investigação. Mas não houve retorno até o encerramento do expediente no local.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.