Cabul, Washington e talibãs chegam a acordo para reduzir violência no Afeganistão
O anúncio do acordo para a redução da violência no Afeganistão foi feito na manhã desta sexta-feira (21) pelo porta-voz do Conselho Nacional de de Segurança do Afeganistão. Talibãs, americanos e o governo afegão concordam em limitar as hostilidades no país durante uma semana.
Sonia Ghezali, correspondente regional da RFI
O acordo entrará em vigor à meia-noite desta sexta-feira. Ele não prevê claramente uma trégua, e sim uma redução da violência que serviria de teste a todos os envolvidos no conflito afegão.
O texto assinado pelos rebeldes talibãs e os americanos integra as negociações, iniciadas há mais de um ano, pelo enviado especial de Washington para a paz no Afeganistão, Zalmay Khalilzad. Ele negocia um acordo visando a saída dos soldados estrangeiros do país. Esta retirada das tropas americanas é a condição imposta pelos talibãs antes de iniciar qualquer discussão de paz com o governo afegão. O grupo rebelde não reconhece a legitimidade das autoridades de Cabul.
Exigências para as negociações de paz
Já a redução da violência, prevista no acordo de hoje, era a exigência dos Estados Unidos e do governo afegão para discutir a paz com os insurgentes. As discussões preliminares entre os Estados Unidos e os Talibãs começaram há mais de um ano em Doha, no Catar. Elas acontecem sem a participação de nenhum representante do governo de Cabul.
O anúncio desses sete dias de redução das hostilidades acontece em um momento de grave crise política no Afeganistão. Vários candidatos à eleição presidencial, realizada em setembro de 2019, rejeitam o resultado oficial da votação. Anunciado há alguns dias, ele dá a vitória ao atual presidente Ashraf Ghani.
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