Guerra na Síria registra o menor número de vítimas desde 2011
A guerra na Síria matou pelo menos 103 civis em março, contra 275 em fevereiro, o balanço mais baixo desde 2011, quando começou o conflito. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (1°) pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
De acordo com a ONG, 15 pessoas morreram nos bombardeios e ataques aéreos do regime de Bashar al-Assad. Outras foram atingidas pela explosão de minas ou assassinadas por diferentes motivos. Em mais de nove anos, a guerra na região deixou mais de 380 mil mortos.
O mês de julho de 2016 foi o que registrou mais mortes desde 2011: mais de 1.590 civis pereceram nos combates entre rebeldes e as forças do regime na província de Alepo, no norte do país. A última ofensiva na região foi suspensa no início de março, depois da entrada em vigor de um cessar-fogo negociado pela Rússia, aliada do regime, e da Turquia, que apoia algumas zonas controladas por grupos rebeldes.
A operação provocou o deslocamento de cerca de um milhão de pessoas na região entre os meses de dezembro e março. A maior parte se encontra em campos para refugiados superlotados, perto da fronteira turca. Diversas ONGs alertam para uma "catástrofe sanitária" com a propagação da Covid-2019 nos acampamentos e nas prisões do regime sírio.
Turquia e EUA pedem cessar-fogo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, destacaram na terça-feira (30) a necessidade de um cessar-fogo na Síria e na Líbia durante a pandemia de coronavírus, afirmou a Casa Branca.
Ambos os líderes conversaram por telefone sobre os esforços para "derrotar o vírus e fortalecer a economia global", e "concordaram que agora é mais importante do que nunca que os países em conflito, principalmente Síria e Líbia, acordem um cessar-fogo e trabalhem em uma solução", destacou a Casa Branca em comunicado.
Especialistas da saúde alertam que o país, arruinado após anos de guerra civil, é especialmente vulnerável à propagação do vírus altamente contagioso.O nordeste do país, atormentado pela violência e onde quase um milhão de pessoas foram deslocadas pelo conflito apenas em dezembro, está especialmente em risco.
A Líbia, submersa no caos desde a derrubada e assassinato do ditador Muamar Khadafi em 2011, está dividida entre o Governo de Acordo Nacional (GNA) em Trípoli, reconhecido pela ONU, e as forças leais a Khalifa Haftar, que controla o leste do país. O sistema de saúde do país está fortemente prejudicado, embora os dois lados opostos tenham instituído medidas de isolamento social, consideradas essenciais para conter o vírus.
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