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Madagascar usa planta tradicional contra coronavírus com resultados positivos

12/05/2020 11h03

Madagascar vem abastecendo os países africanos com o Covid Organics, um chá feito à base de artemísia para combater a Covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a União Africana, além de outras organizações, lembram que esse produto ainda precisa de confirmação científica. No entanto, segundo o presidente malgaxe, Andry Rajoelina, dos 171 pacientes identificados com Covid-19, 105 foram curados pelo produto.

O presidente malgaxe, Andry Rajoelina, confirmou em entrevista à RFI nesta terça-feira (12), que "80% da população de Madagascar recorre ao Covid Organics para se curar". Rajoelina acrescentou que  "o Covid-Organics é evidentemente um remédio preventivo e curativo", que tem "funcionado muito bem contra o coronavirus".

O chefe de Estado observa ainda, durante a entrevista, que esse tratamento "é fruto de investigações feitas pelo Instituto Malgaxe de Pesquisas Aplicadas, que tem um estatuto de centro regional de investigações reconhecido pela União Africana".

Sobre a confirmação científica do remédio, o presidente malgaxe insistiu em acrescentar que o instituto é um centro de investigação médica e farmacêutica, fundado em 1957 pelo professor Rakoto Ratsimamanga, uma figura eminente das ciências africanas.

Segundo Rajoelina, "a prova sobre os resultados desse remédio que é esse chá feito à base de artemísia vem sendo  a cura dos doentes, pois, em Madagascar dos 171 casos testados positivos para a Covid-19, 105 foram curados".

Cura natural?

"Sublinho o fato de que os pacientes curados tomaram apenas o produto Covid Organics. A cura foi constatada após sete dias, ou mesmo 10 dias após a ingestão do CVO, também conhecido como Tambavy", declarou o presidente malgaxe.

Trata-se, segundo Rajoelina, de um remédio natural, que não é nem tóxico nem invasivo. Questionado pela OMS África, o presidente malgaxe disse não estar preocupado porque "o remédio cura os doentes do país".

E mais, que a preocupação da OMS existe por se tratar de "Madagascar, um país africano, mas que a questão não se colocaria se o remédio estivesse sendo desenvolvido em países europeus", criticou. 

O Covid Organics, remédio à base de artemísia, é distribuído em países da União Africana, no Senegal e na Guiné Bissau. O presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, mandou vir de Madagascar o Covid Organics, que, à base de plantas medicinais tradicionais africanas, alimenta muitas esperanças na Guiné Bissau, que conta atualmente com 726 pessoas infectadas pelo  coronavírus e 3 mortes durante a pandemia.

Dados globais mostram que a África, de modo geral, não está em uma posição alarmante no que diz respeito à casos de Covid-19, que vem assustando principalmente países asiáticos e europeus.