Latam consegue financiamento de US$ 1,3 bi para enfrentar crise gerada pela pandemia de Covid-19
A companhia aérea chileno-brasileira Latam anunciou nesta quinta-feira (9) a obtenção de um financiamento no valor de US$ 1,3 bilhão para enfrentar a crise causada pela pandemia de coronavírus.
O aporte foi prometido pela empresa americana Oaktree Capital Management e se soma aos 900 milhões de dólares emprestados pela Qatar Airways e famílias Cueto e Amaro, acionistas da companhia, para evitar a falência da empresa, fortemente afetada pelo fechamento das fronteiras após a disseminação mundial da COVID-19.
Dessa forma, a Latam, considerada a maior companhia aérea da América Latina, atende às seções A e C do processo de recuperação judicial apresentado em maio com base no Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos.
"Hoje, o grupo Latam deu um grande passo para garantir sua continuidade operacional, obtendo da Oaktree Capital Management e de suas subsidiárias o compromisso de todo o financiamento da seção A", disse Roberto Alvo, CEO da Latam Airlines Group, em nota.
A proposta deve ser revisada e aprovada pelo tribunal de Nova York nos próximos dias. Se a medida for autorizada, a Latam "espera que não seja necessário pedir apoio financeiro dos governos".
Filial brasileira
As afiliadas no Chile, Peru, Colômbia, Equador e Estados Unidos já integram o processo iniciado em 26 de maio de 2020. A companhia informou em comunicado que "continuará a voar sem nenhum impacto nas suas operações de passageiros, cargas, reservas, vouchers, ou pontos Latam Pass."
Atualmente, apenas a Latam Paraguai não integrou o Capítulo 11 da lei americana, enquanto a filial argentina anunciou no mês passado a suspensão por tempo indeterminado de suas operações.
Antes da Covid-19, a Latam tinha 145 destinos em 26 países. Com mais de 42.000 funcionários, operava aproximadamente 1.400 voos diários, transportando mais de 74 milhões de passageiros anualmente.
Todo setor aéreo mundial tem sido fortemente afetado pela pandemia de coronavírus.
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) estima que as companhias aéreas latino-americanas vão levar até três anos para recuperar os níveis de voos e passageiros de antes da crise sanitária global.
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