Presidente Iván Duque é investigado por financiamento ilegal em campanha à presidência da Colômbia
O Conselho Nacional Eleitoral, órgão de controle das eleições na Colômbia, anunciou nesta terça-feira (11) que abriu uma investigação pela suspeita de financiamento ilegal na campanha do presidente Iván Duque, eleito em 2018. A suspeita é de que o empresário venezuelano Oswaldo Cisneros tenha repassado ilegalmente 300.000 dólares à campanha do partido Centro Democrático.
Em um comunicado, o conselho anunciou ter aberto um "inquérito preliminar" contra o então candidato e seu partido pela "suposta violação dos regulamentos eleitorais sobre o financiamento de campanhas políticas". A entidade vai analisar as contas do partido durante a disputa que o elegeu presidente até 2022.
A origem da investigação são gravações feitas pelo Ministério Público colombiano em que os supostos repasses são citados.
As conversas envolvem uma ex-colaboradora do ex-presidente Álvaro Uribe --apoiador de Duque e sobre quem há um mandado de prisão domiciliar em outro processo--, a diretora do Centro Democrático, Nubia Martínez, e um suposto narcotraficante assassinado no Brasil em 2019.
Doações de estrangeiros são proibidas
Nestes áudios, "fala-se de supostas contribuições econômicas do magnata venezuelano Oswaldo Cisneros em um valor de 300 mil dólares", afirma o comunicado do CNE.
Na Colômbia, as contribuições de estrangeiros para campanhas eleitorais são proibidas.
Após a divulgação dos áudios, Martínez afirmou que a frase foi fruto de um equívoco e que ela queria dizer que havia oferecido ela mesmo dinheiro, mas que a doação nunca foi efetuada, de acordo com a revista colombiana Semana.
Esta não é a primeira suspeita que pousa sobre o financiamento da campanha de Duque. Em março, outra investigação foi aberta pela Corte Suprema de Justiça da Colômbia para averiguar a compra de votos feitas pelo ex-presidente Uribe em favor de Iván Duque.
(Com informações da AFP)
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