Anistia Internacional denuncia uso de repressão durante pandemia na América Latina
A Anistia Internacional denunciou nesta segunda-feira (21) a utilização da pandemia como forma de repressão das populações de alguns países da América Latina.
Segundo a Anistia, autoridades da Venezuela, Paraguai e El Salvador vêm "prendendo" milhares de pessoas em centros de quarentena de forma inadequada, violando os direitos humanos.
As detenções visariam principalmente migrantes, refugiados e pessoas de comunidades desfavorecidas, de maneira constante, e aconteceriam de forma insalubre, privando as pessoas de comida, água e tratamento médico.
Por isso, a Anistia faz um apelo para que os governos da América Latina garantam os direitos dessas pessoas e permitam o trabalho de organizações humanitárias nesses centros de quarentena.
Brasil na lista de alerta da Anistia
Em julho, a organização humanitária denunciou casos de "restrições e instruções para impedir que a equipe de saúde (...) expresse sua preocupação" com a pandemia em cerca de trinta países, incluindo o Brasil.
A Anistia mencionou como exemplo o caso do oftalmologista chinês Li Wenliang, que lançou o alerta em dezembro de 2019 e foi convocado pela polícia e punido por "espalhar rumores". Li Wenliang morreu em fevereiro, infectado pela doença.
As atitudes autoritárias desses governos, segundo a ONG, "mostraram sua verdadeira natureza, ou seja, que se preocupam mais com a economia do que com a saúde, que preferem parecer fortes e manter a ordem do que curar as pessoas", acrescenta.
Alguns líderes rivalizaram com soluções milagrosas, como uma decocção de ervas no Turcomenistão ou a recomendação de hidroxicloroquina nos Estados Unidos e Brasil.
(Com informações da AFP)
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