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Turismo mundial sofre queda de 70% em 2020 devido à pandemia de Covid-19

27/10/2020 11h26

A Organização Mundial do Turismo (OMT) anunciou nesta terça-feira (27) que, devido à pandemia de Covid-19, as viagens internacionais registraram uma queda de 70% nos oito primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período no ano passado.

Os meses do verão no Hemisfério Norte - de junho a setembro - foram os piores para o setor. Segundo dados da OMT, o mês de julho teve -81% de viagens em relação ao ano passado, e agosto -79%.

A queda representa 700 milhões a menos de chegadas de turistas em todo o mundo, uma perda de US$ 730 bilhões ao setor. Em comunicado, a OMT, agência da ONU sediada em Madri, afirma que o prejuízo é "oito vezes maior do que o registrado após a crise financeira de 2009".

A região da Ásia/Pacífico, que foi a primeira a ser atingida pela pandemia é também onde o setor do turismo é mais castigado (-79%), seguida pela África e pelo Oriente Médio (-69%), a Europa (-68%) e o continente americano (-65%).

A queda das chegadas de turistas na Europa durante o verão no Hemisfério Norte foi menos forte que em outros continentes (-72% em julho e -69% em agosto). No entanto, segundo a OMT, a recuperação foi curta já que novas restrições de viagens voltaram a ser determinadas segundo à segunda onda da Covid-19 no Velho Continente.

2021 não será melhor

A situação não tende a melhorar nos próximos meses. A OMT não prevê uma recuperação do setor antes do fim de 2021. Especialistas ouvidos pela agência acreditam que o turismo mundial não vá se reerguer antes de 2022.

A OMT responsabiliza os governos e a lentidão para colocar em prática planos para evitar a propagação da doença. Segundo a agência, houve falta de coordenação entre os países ao adotarem protocolos comuns, bem como a deterioração da situação econômica.

Em 2019, o turismo mundial registrou um crescimento de 4% nas chegadas de turistas. A França ocupava o primeiro lugar entre as destinações preferidas, diante da Espanha e dos Estados Unidos.

(Com informações da AFP)