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Acesso às pistas de esqui na França podem reabrir em janeiro, diz governo

11/12/2020 11h51

A decisão final dependerá da situação sanitária no país, disse o secretário de Estado para o Turismo, Jean-Baptiste Lemoyne. O Conselho de Estado francês também anunciou, nesta sexta-feira (11), que os teleféricos vão continuar fechados, como determinou o governo em 4 dezembro, apesar da pressão do setor.

Segundo Lemoyne, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse que a abertura em janeiro só acontecerá se a epidemia mantiver sua desaceleração - a França, entretanto, ainda está longe da meta de 5.000 casos diários estipulada pelo governo.

O representante do Turismo conversou virtualmente nesta sexta-feira com os profissionais do setor, que aguardavam concessões do governo. "A reabertura ocorrerá com protocolos sanitários", declarou Lemoyne. Ele explicou que o principal temor é "a aglomeração de pessoas que vêm de lugares diferentes", o que propicia a circulação do vírus.

Setor acumula perdas

O setor acumula perdas com o fechamento dos teleféricos no Natal, o que levou o governo francês a anunciar novos dispositivos de ajuda, que totalizam cerca de € 400 milhões. "O governo nos ouviu e nos compreendeu", disse Jean-Luch Boch, presidente da associação nacional dos prefeitos das cidades onde estão localizadas as estações. "Mas nem tudo é perfeito. Será necessário avaliar como serão feitas as indenizações para que ninguém seja esquecido", declarou.

"Estamos muito tristes de não abrir no Natal, por outro lado, vemos que há uma verdadeira consideração em relação a nosso problema e uma verdadeira assistência do Estado para salvar áreas turísticas na montanha ", disse Alexandre Maulin, representante do setor.

Pelo menos 12.000 estabelecimentos comerciais situados na montanha poderão usufruir do fundo de solidariedade disponibilizado pelo governo francês, que oferece até € 10.000 de indenização se houver uma queda de 50% do volume de vendas da empresa. Os professores de esqui poderão se beneficiar do fundo.

O Estado também irá compensar em cerca de 70% as despesas fixas dos teleféricos e  os trabalhadores sazonais da região também terão direito ao seguro-desemprego parcial.

(Com informações da AFP)