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Covid-19: Austrália não deve reabrir fronteiras antes de 2022

18/01/2021 11h41

A Austrália não deve reabrir suas fronteiras para viajantes estrangeiros em 2021, apesar do avanço das campanhas de vacinação em todo o mundo. A afirmação é do secretário da Saúde, Brendan Murphy, um dos principais assessores do governo. Segundo ele, o retorno de um tráfego normal nas fronteiras não está previsto para antes de 2022.
 

"Acho que ainda teremos significativas restrições nas fronteiras durante a maior parte do ano", disse ele à emissora ABC. "Embora uma grande parte da população esteja vacinada, não sabemos se isso vai impedir a transmissão do vírus", justificou.

"É provável que as medidas de quarentena ainda se mantenham durante algum tempo", completou. Como resultado dessas restrições, dezenas de milhares de australianos permanecem bloqueados no exterior. Quem volta deve pagar em torno de 3.000 dólares australianos (cerca de US$ 2.300) por seus 14 dias de quarentena no hotel.

A Austrália, com 25 milhões de habitantes, concluiu acordos para obter doses da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pelo grupo britânico AstraZeneca com a universidade de Oxford e a da Pfizer/BioNTech, mas as imunizações ainda aguardam a autorização das agências reguladoras. A vacinação não começará antes do início de fevereiro. 

Cepa britânica foi detectada em Brisbane

O país registrou mais de 28.600 casos de Covid-19 e cerca de 909 mortes. Em Brisbane, a terceira maior cidade do país, o governo decretou o fim do lockdown no último dia 11, depois da descoberta de um primeiro caso da variante britânica da doença.

Desde essa data, nenhum novo caso de coronavírus foi detectado. Milhares de testes foram realizados. Mais de dois milhões de habitantes da cidade e sua região foram colocados em quarentena durante três dias, depois da contágio do funcionário de um hotel onde estão sendo isolados pacientes contaminados pela nova cepa.

O uso da máscara continuará sendo obrigatório em espaços fechados até o dia 22, incluindo o transporte público. Restaurantes e bares serão submetidos a novas restrições, que incluem a diminuição do número de clientes. Os britânicos informaram a OMS da existência da cepa mais contagiosa do coronavírus em dezembro, detectada inicialmente na Austrália.