Itália quer lançar linha de trem "Covid-free", com testes antes do embarque
O grupo ferroviário Ferrovie dello Stato, que administra as linhas de trem de alta velocidade na Itália, quer lançar linhas "Covid-free" entre Roma e Milão no início de abril. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (8) pelo presidente da companhia, Gianfranco Battisti, na estação central de Termini, em Roma. A ideia é testar toda a tripulação e os passageiros antes de embarcar no trem.
Segundo a companhia, essa é a primeira iniciativa do gênero lançada na Europa e visa a retomada das viagens após um ano de pandemia. Os testes rápidos serão realizados com a ajuda da Cruz Vermelha. Depois do trecho Roma-MIlão, a companhia pretende adotar a mesma solução para todos os destinos turísticos, como Veneza, Florença e Nápoles, acrescentou.
A companhia aérea nacional Alitalia lançou, na semana passada, uma iniciativa similar no ano passado, em alguns voos internos e internacionais. Antes da epidemia, o setor do turismo representava 14% do PIB italiano, mas a pandemia atingiu em cheio o setor, vital para a terceira economia da zona do euro, obrigando hoteis e restaurantes a fecharem as portas durante vários meses.
As diárias nos hoteis e outros estabelecimentos registraram uma queda de 70% entre janeiro e setembro de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados publicados em dezembro.
País registra mais de 100 mil mortos
A Itália atingiu, nesta segunda-feira, a marca de 100.103 mortes provocadas pela Covid-19, segundo o Ministério da Saúde. A região norte é a mais atingida do país. "Nos últimos dias, há um agravamento da crise sanitária. Cada um deve fazer o que pode para limitar a difusão do vírus. Mas é principalmente o governo que deve fazer sua parte", declarou nesta segunda-feira o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, em uma mensagem gravada em vídeo, para o Dia Internacional das Mulheres.
"A epidemia ainda não foi vencida, mas com a aceleração do plano de vacinação podemos enxergar uma saída a curto prazo. Quero aproveitar essa ocasião para enviar um sinal de esperança para todos", acrescentou.
Na semana passada, o país registrou um aumento de 33% do número de infecções durante o período entre 24 de fevereiro e 2 de março. O governo italiano não descarta a adoção de medidas mais restritas. De acordo com uma pesquisa do jornal Corriere della Sera, 44% dos italianos são favoráveis a novos bloqueios.
Segundo o ministro da Saúde italiano, Santé Roberto Speranza, a Itália terá à disposição 50 milhões de doses até o fim de junho, o que permitirá a vacinação de pelo menos metade da população. Até agora, somente 5,4 milhões de doses foram administradas na Itália e 1,65 milhão de pessoas receberam as duas doses, necessárias para a imunização.
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