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"Não é comunismo, mas cristianismo": Papa celebra missa com refugiados e prisioneiros

11/04/2021 18h17

O Papa Francisco celebrou uma missa neste domingo (11) em uma igreja perto do Vaticano na companhia de prisioneiros, refugiados e trabalhadores da saúde por ocasião da festa da Divina Misericórdia. A missa foi celebrada na igreja de Santo Spirito em Sassia, a poucos passos do Vaticano, em frente a uma pequena assembleia de cerca de 80 pessoas, devido às restrições ligadas à pandemia do coronavírus.

No ano passado, o Papa celebrou no mesmo local uma missa sem os fiéis por ocasião desta festa instituída em 2000 pelo Papa João Paulo II.

Este ano, participaram da assembleia presidiários de duas prisões em Roma, bem como de um centro de detenção para jovens, refugiados da Síria, Nigéria e Egito e também enfermeiras de um hospital próximo, incluindo freiras.

Em sua homilia, o líder espiritual dos 1,3 bilhão de católicos em todo o mundo destacou a importância de os cristãos não permanecerem indiferentes para com aqueles que os cercam.

"Irmã, irmão, queres uma prova de que Deus tocou a tua vida? Verifique se estás a olhar para as feridas dos outros", disse o Papa."Não fiquemos indiferentes. Não vivamos uma fé pela metade, que recebe mas não dá, que acolhe o dom mas não se dá. Fomos tocados pela misericórdia, tornemo-nos misericordiosos", acrescentou.

 O Papa recordou que os primeiros cristãos viviam na partilha e que a própria ideia da propriedade privada lhes era estranha: "Isto não é comunismo, mas puro cristianismo", acrescentou.

Com 84 anos e vacinado contra a Covid-19 antes de sua viagem ao Iraque no início de março, o Papa Francisco não usava máscara protetora durante a missa, como faziam aqueles que liam a Bíblia.

Todos os outros na igreja, incluindo os coroinhas e outros padres, usavam máscaras.

(Com informações da AFP)