China anuncia crescimento recorde de 18,3% da economia no primeiro trimestre
A China anunciou nesta sexta-feira (16) um crescimento econômico recorde - o produto interno bruto (PIB) avançou 18,3% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Mas é preciso levar em conta que a atividade econômica estava praticamente paralisada em 2020 por causa da pandemia.
"De maneira geral, a recuperação prosseguiu no primeiro trimestre", afirmou a porta-voz do Escritório Nacional de Estatísticas, Liu Aihua. O PIB chinês no primeiro trimestre de 2020 havia caído 6,8%, o pior resultado econômico em 44 anos.
A melhoria gradual das condições sanitárias permitiu à China recuperar o nível de atividade pré-pandêmica no final do ano passado. E o país foi um dos poucos a apresentar crescimento positivo em 2020 (+ 2,3%).
Ano após ano, a China vinha registrando crescimento recorde desde o início de suas publicações trimestrais sobre o PIB em 1992.
A forte aceleração era esperada: um grupo de analistas ouvidos pela AFP aguardava um aumento ainda maior (18,7%).
Na comparação com o trimestre anterior, a evolução do PIB é, por outro lado, bem mais modesta (+ 0,6%), longe das projeções dos analistas (1,7%).
"É preciso consolidar os alicerces da recuperação", alertou Liu, referindo-se às "incertezas" que persistem no mundo em nível epidêmico.
China almeja pelo menos 6% em 2021
Embora questionável, o valor oficial do PIB da China provoca muito interesse no mundo inteiro devido ao peso do país na economia global.
Por sua vez, a produção industrial chinesa cresceu 14,1% em março (em relação a março de 2020) e 35,1% nos meses de janeiro e fevereiro combinados, únicos dados disponíveis.
As vendas no varejo, principal indicador do consumo, aumentaram 34,2% em um ano em março, ante 33,8% em janeiro-fevereiro.
A taxa de desemprego - calculada apenas para cidadãos urbanos - foi registrada em março em 5,3%, após uma alta histórica de 6,2% em fevereiro de 2020, no auge da epidemia.
Recuperada do choque epidêmico, Pequim almeja uma meta de crescimento de pelo menos 6% este ano. Um número muito menor do que as previsões da maioria dos economistas. O Fundo Monetário Internacional (FMI), por sua vez, espera aumento de 8,4% no PIB da segunda maior economia do mundo.
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