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Covid-19: Espanha prolonga obrigação de quarentena para viajantes de 12 países, entre eles o Brasil

17/04/2021 17h09

O governo espanhol prolongou neste sábado (17), até o início de maio, a norma que obriga todos os passageiros procedentes de 12 países, incluindo Brasil, Peru, Colômbia e nove países africanos, a cumprirem quarentena. A medida foi tomara para tentar conter as novas variantes do coronavírus.

Os viajantes que chegarem de Brasil, África do Sul, Botsuana, Ilhas Comores, Gana, Quênia, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia, Zimbábue, Peru e Colômbia, "com ou sem escalas intermediárias, deverão cumprir quarentena durante os dez dias seguintes a sua chegada, ou durante toda sua estada na Espanha, se esta for inferior a este prazo", conforme publicação no Diário Oficial do Estado (BOE, na sigla em espanhol) neste sábado. A quarentena poderá ser interrompida ao fim de sete dias, se a pessoa apresentar um teste PCR negativo para covid-19.

Durante a quarentena, as pessoas "deverão permanecer em seu domicílio, ou alojamento", e poderão sair apenas para comprar comida, medicamentos e produtos de primeira necessidade, para receber cuidados médicos, ou por "motivo de força maior", indica o BOE.

O governo espanhol justifica sua decisão pela "preocupação sobre os efeitos das variantes brasileira e sul-africana", sua "maior transmissibilidade, o risco de reinfecções e uma possível diminuição da eficácia vacinal, por sua extensão para países próximos onde foram detectadas inicialmente". A medida estará em vigor pelo menos até 3 de maio.

Um dos países europeus mais afetados pela pandemia, com cerca de 77.000 mortos e mais de 3,4 milhões de casos, a Espanha, assim como outros países, tenta controlar as chegadas de passageiros procedentes da África do Sul e do Brasil, salvo para os cidadãos espanhóis e os residentes estrangeiros na Espanha, ou em Andorra.

Itália prepara reabertura

Enquanto as autoridades espanholas preferem manter o país fechado, a Itália anunciou, também neste sábado, que vai começar uma reabertura gradual de restaurantes e escolas a partir de segunda-feira 26 de abril. O futuro do país pode ser visto com um "prudente otimismo", afirmou o chefe de governo, Mario Draghi, em coletiva de imprensa na qual admitiu que toma "um risco calculado" ao decidir as reaberturas para reativar a economia e a vida social.

Mas "a prioridade será dada às atividades ao ar livre", afirmou Draghi, sem citar explicitamente se as cafeterias e restaurantes com áreas externas serão autorizados. O projeto de abertura progressiva se baseia em dois pilares: a manutenção de todas as medidas sanitárias, como o distanciamento social e uso de máscara, e o impulso da campanha de vacinação. 

A Itália, o primeiro país da Europa afetado pela pandemia de coronavírus em fevereiro de 2020, registrou até agora mais de 115.000 mortes.

(Com informações da AFP)