Covid: Guiana Francesa está em alerta por causa da variante brasileira
O número de casos de contaminação pela variante brasileira do novo coronavírus explodiu na Guiana Francesa nos últimos dias. Ao contrário da França "metropolitana", onde a epidemia recua, "a situação sanitária se deteriorou" no território francês da América do Sul, informou ontem o porta-voz do governo Gabriel Attal.
A região está em estado de alerta desde a noite de ontem. O governo anunciou o fortalecimento das medidas de restrição para conter a propagação do vírus.
As pessoas não poderão circular livremente a partir de amanhã até 30 de maio. Durante o mesmo período, bares, restaurantes e locais culturais serão fechados. As atividades esportivas só poderão ser praticadas uma hora por dia.
O toque de recolher, em vigor, continua valendo de 19h às 5h, durante a semana. No final de semana as medidas são mais rígidas e os moradores não podem sair de casa de 19h de sábado (15) até as 5h de segunda-feira (17).
A taxa de incidência da covid -19dobrou na Guiana Francesa em um mês. O território registra atualmente 321 casos para 100 mil habitantes. O número de internações também duplicou, provocando tensão nos hospitais. A Guiana faz fronteira com o Brasil e a grande maioria dos casos é provocada pela variante brasileira.
A situação preocupa particularmente as autoridades francesas porque a campanha de vacinação no território é lenta e apenas uma pequena porcentagem da população foi vacinada até agora.
Epidemia recua na França
A uma semana da reabertura dos espaços externos de restaurantes, uma parte do comércio e locais culturais, a "pressão sanitária continua forte" na França, mas "a propagação do vírus registrou uma forte queda nos últimos sete dias", salientou Gabriel Attal.
O país contabiliza ainda entre 15 mil e 20 mil casos positivos por dia, mas a taxa de incidência caiu atualmente para menos de 200. As únicas exceções são a região metropolitana de Paris, e as regiões da Hauts-de-France e Normandia, no norte do país.
Quase 4.600 pacientes graves estavam internados em UTIs nessa quarta-feira, mas o número passou a ser "inferior à capacidade" dos hospitais, detalhou o porta-voz.
"Esta clara melhora da situação sanitária, aliada à vacinação permite abordar serenamente a reabertura do país", estima Attal.
Até agora, 18,5 milhões de pessoas já receberam uma primeira dose da vacina contra a covid na França.
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