Ao recusar Coca-Cola em coletiva, Cristiano Ronaldo faz empresa perder US$ 4 bi
A cena dura apenas alguns segundos, mas foi o suficiente para derrubar o preço das ações da Coca-Cola na segunda-feira (14), véspera do encontro entre Portugal e Hungria na fase de grupos da Eurocopa 2021. Recém-instalado à mesa da coletiva de imprensa antes do jogo, Cristiano Ronaldo afastou as duas garrafas de refrigerante colocadas em frente a ele e mostrou uma garrafa de água.
Foi o suficiente para a Coca-Cola perder US$ 4 bilhões, cerca de R$ 20 bilhões. Em meia hora, a participação do grupo caiu de US$ 242 bilhões para US$ 238 bilhões, uma perda de 1,6% na bolsa de valores. E por um bom motivo: Cristiano Ronaldo, o agora artilheiro da história da Eurocopa com 11 gols, é seguido por nada menos que 400 milhões de torcedores nas redes sociais.
Ontem, o francês Paul Pogba repetiu o mesmo gesto, desta vez dispensando uma garrafa de cerveja. "A Coca-Cola e a Heineken apostaram de € 40 a 50 milhões para serem parceiras da UEFA ou da competição. E através deste gesto, mesmo que a organização do torneio lhes dê direitos e visibilidade, as marcas são questionadas pelos próprios jogadores dentro e fora do campo. O que talvez levante a questão do futuro do patrocínio", comenta Vincent Claudel, economista e especialista em futebol da Ineum Consulting.
A desconfiança de Ronaldo com a Coca-Cola e de Paul Pogba com a Heineken, embora marque uma nova tendência dos jogadores no marketing de uma alimentação saudável, corre o risco de ser severamente sancionada com multas, no entanto.
Além disso, mesmo se Cristiano Ronaldo atribui grande importância ao seu corpo atlético e a uma alimentação equilibrada, essa preferência nem sempre foi dominante em sua vida. Certa vez, ele chegou a ter um cardápio com o seu nome no KFC: o Ronaldo Box, com frango frito, batata frita e uma Pepsi gigante. O jogador português chegou a fazer comerciais para a Coca-Cola quando era mais jovem.
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