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Campanha de reforço: presidente de Israel toma terceira dose de vacina contra Covid-19

30/07/2021 08h32

O presidente israelense, Isaac Herzog, recebeu uma terceira dose da vacina contra a Covid-19 nesta sexta-feira (30), no lançamento de uma campanha em seu país para continuar imunizando pessoas com idades acima de 60 anos. 

Herzog recebeu sua terceira dose da fabricante Pfizer/BioNTech ao lado de sua mulher, Michal, no Hospital Sheba, localizado nos subúrbios de Tel Aviv. "Começamos a campanha de reforço da vacinação", declarou o chefe de Estado.

Em meados de julho, Israel autorizou a administração de uma terceira dose da vacina para pessoas com imunodepressão grave, ou seja, aquelas cujo sistema imunológico debilitado as torna particularmente vulneráveis ao coronavírus. Diante de um recente aumento dos casos de Covid-19, o primeiro-ministro Naftali Bennett havia anunciado a intenção de reforçar a proteção contra a infecção viral. 

"Israel é o pioneiro, tomando a dianteira com uma terceira dose da vacina para pessoas com 60 anos, ou mais", disse Bennett, de 49 anos. Ele acompanhou o presidente Herzog ao hospital nesta sexta-feira.

"A única maneira de vencer a Covid-19 é agirmos juntos. Juntos significa compartilhar informações, métodos, conselhos, etapas práticas. O Estado de Israel está aberto a compartilhar todas as informações que obterá desta medida audaciosa", acrescentou.

De acordo com a Pfizer, que produz a vacina mais usada em Israel, "novos estudos mostram que uma terceira dose tem efeitos neutralizadores contra [os riscos ] da variante Delta, [que são] cinco vezes mais elevados entre os jovens e mais de 11 vezes entre os mais velhos".

Por enquanto, no entanto, a agência responsável pelo setor de medicamentos e alimentos nos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), cujas recomendações são, em geral, seguidas por Israel, não deu sinal verde para a injeção de uma terceira dose do imunizante.

País pioneiro na vacinação em massa

Israel foi um dos primeiros países no mundo a lançar uma campanha massiva de vacinação contra a Covid-19 em dezembro de 2020, graças a um acordo com a Pfizer. Em troca de milhares de doses, o governo israelense deu à farmacêutica acesso a informações sobre os efeitos da vacina na população local.

O país começou a vacinar os idosos, com três semanas de intervalo entre as duas doses, antes de estender gradualmente sua campanha para jovens adultos e depois para adolescentes. Essa estratégia permitiu reduzir o número diário de casos de cerca de 10.000 para menos de cem. O governo pôde, em seguida, reabrir a economia e parcialmente as suas fronteiras.

Porém, nas últimas semanas, o número de infecções e de hospitalizações voltou a crescer devido à disseminação da variante Delta em adultos não vacinados, mas também em pessoas que foram vacinadas há mais de seis meses.

Nas últimas 24 horas, Israel registrou 2.140 casos de Covid-19, um recorde desde março. O país tem um total de 286 pessoas hospitalizadas com o vírus, mais de 160 das quais estão em estado grave, segundo dados do Ministério da Saúde.

(Com informações da AFP)