Viúva levanta dúvidas sobre morte do presidente haitiano ao New York Times
Mais de três semanas após o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse, e com a investigação lutando para avançar, Martine Moïse, a viúva do presidente que também ficou gravemente ferida durante o ataque, deu sua primeira entrevista ao The New York Times, em que regressa a esta noite trágica e às inúmeras questões que permanecem sem resposta.
Mais de três semanas após o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse, e com a investigação lutando para avançar, Martine Moïse, a viúva do presidente que também ficou gravemente ferida durante o ataque, deu sua primeira entrevista ao The New York Times, em que regressa a esta noite trágica e às inúmeras questões que permanecem sem resposta.
Na entrevista, a viúva do presidente haitiano retorna pela primeira vez àquela horrível noite e à dor lancinante de ver seu marido, o homem com quem ela havia compartilhado 25 anos de sua vida, ser executado diante de seus olhos.
Ao Times, Martine Moïse aproveita a oportunidade para pedir ajuda aos Estados Unidos na investigação do assassinato de seu marido.
Como muitos haitianos, ela continua a se fazer muitas perguntas: como não houve feridos entre as 40 a 50 pessoas encarregadas da segurança do presidente? Quem é o verdadeiro patrocinador desta operação executada por um comando que parecia experiente?
Martine Moïse candidata às próximas eleições presidenciais?
Uma operação que custou muito dinheiro e que nenhum dos réus até agora mencionados pelas autoridades haitianas tinha recursos para financiar.
Ela lembra que o marido "enfrentou os ricos e poderosos", sugerindo que o(s) patrocinador(es) desse assassinato fossem procurados "junto aos oligarcas ricos do país". Martine Moïse cita nomes, sem acusá-los diretamente.
Na longa entrevista, a ex-primeira-dama anuncia que consideraria seriamente se candidatar à presidência do Haiti. Uma decisão que ela tomará após outras cirurgias que terá de fazer no braço ferido. Trata-se de seu braço direito, que pode ficar inutilizado para sempre.
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