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SOS Mediterrâneo resgata 196 migrantes que tentavam travessia da Líbia para Europa

31/07/2021 17h27

O navio "Ocean Viking", pertencente à organização de resgate em alto mar SOS Mediterrâneo, resgatou neste sábado (31) 196 migrantes que se encontravam em "embarcações em situação de emergência" na costa da Líbia, anunciou a ONG europeia.

Segundo ativistas da SOS Mediterrâneo, a primeira operação de salvamento, ocorrida durante a manhã, permitiu resgatar 57 pessoas que estavam a bordo de um barco inflável em águas internacionais próximas do litoral da Líbia.

Horas depois, por volta de meio-dia, o navio resgatou na mesma área outros 54 migrantes que se encontravam em outro barco. "Alguns tiveram queimaduras de combustível", explicou a organização.

Mais tarde, o "Ocean Viking" encontrou 64 pessoas a bordo de um barco de madeira e a quarta operação do mesmo tipo aconteceu no período da tarde, na qual foram salvos 21 migrantes, elevando para 196 o número total de pessoas resgatadas, incluindo duas gestantes.

O verão no hemisfério norte corresponde à alta temporada de travessias, mas muitos migrantes morrem em naufrágios antes de receber socorro.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos 1.146 pessoas morreram em alto mar no Mediterrâneo na primeira metade de 2021 quando tentavam chegar à Europa.

30 mil salvamentos desde fevereiro de 2016

Em cinco anos de atividade, a ONG socorreu mais de 30 mil pessoas que se aventuraram nessa  perigosa travessia, inicialmente com o navio Aquarius e, posteriormente, com o Ocean Viking. Ao chegar à Europa, a maioria dos migrantes relata ter fugido de zonas de conflito ou da fome em seus países de origem.

No longo calvário que enfrentam na fuga, os migrantes são muitas vezes roubados, sequestrados e submetidos à escravidão por redes de traficantes de humanos. Homens, mulheres e crianças são espancados, torturados e violentados nos campos de trabalho mantidos por traficantes na Líbia, segundo relatos. Quando conseguem embarcar rumo à Europa, muitos morrem durante a travessia pelas condições precárias dos barcos.

A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a ONG alemã Sea Watch também atuam nessa área.

Com informações da AFP