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França aceitará viajantes imunizados com vacinas chinesas, mas exigirá dose de reforço da Pfizer ou Moderna

Até o anúncio da nova decisão, as pessoas vacinadas com os imunizantes chineses não podiam obter o passaporte sanitário para viajar à França - Matheus Sciamana/Photopress/Estadão Conteúdo
Até o anúncio da nova decisão, as pessoas vacinadas com os imunizantes chineses não podiam obter o passaporte sanitário para viajar à França Imagem: Matheus Sciamana/Photopress/Estadão Conteúdo

23/09/2021 13h42

Pessoas vacinadas contra a Covid-19 com imunizantes chineses poderão se beneficiar do passaporte sanitário para viajar à França. No entanto, para obter o documento, uma terceira dose da vacina da Pfizer ou da Moderna será obrigatória, anunciou o governo francês nesta quinta-feira (23).

O decreto publicado no Diário Oficial da França afirma que os viajantes imunizados com as vacinas chinesas anticovid poderão receber o passaporte sanitário francês para vir ao país "sete dias após a administração de uma dose complementar de um imunizante de RNA mensageiro", tecnologia utilizada atualmente apenas pelos fármacos da Pfizer e da Moderna.

Além destas, duas outras vacinas anticovid são aceitas atualmente na União Europeia, após terem sido validadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA): a da AstraZeneca e a da Johnson & Johnson. No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece outras: as chinesas Sinopharm e Sinovac, além das versões da vacina da AstraZeneca fabricadas fora da UE, como a indiana Covishield. A russa Sputnik V ainda não foi validada por nenhuma das duas entidades.

Flexibilização na França

Até o anúncio da nova decisão, as pessoas vacinadas com os imunizantes chineses, que precisam de duas doses, não podiam obter o passaporte sanitário para viajar à França. Com a flexibilização, apenas uma dose de uma vacina de RNA mensageiro será suficiente.

Segundo a Direção Geral de Saúde (DGS) da França, essa terceira dose deverá ter sido feita "ao menos quatro semanas depois da última injeção". O comunicado afirma ainda que "essas pessoas devem apresentar um documento impresso ou digital provando que sua vacinação está completa (ou seja, de cada injeção feita no exterior)".

Caso o viajante tenha recebido apenas uma dose das vacinas chinesas, "precisará ter recebido duas doses da vacina de RNA mensageiro para obter o passaporte sanitário na França", afirma a DGS.

As autoridades francesas também lembram que quem se imunizou com duas doses de uma das versões do fármaco da AstraZeneca fabricados fora da União Europeia, também já podem obter o passaporte sanitário no site do Ministério das Relações Exteriores.

Contatada pela RFI, a DGS não se pronunciou sobre o caso específico de viajantes brasileiros. O Ministério das Relações Exteriores também não respondeu ao pedido de entrevista sobre a questão.

(Com informações da AFP e RFI)