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Covid-19: como a Europa se prepara contra a propagação da variante ômicron

30/11/2021 08h10

Os jornais franceses desta terça-feira (30) abordam a propagação da variante ômicron na Europa. A nova cepa do coronavírus, descoberta em meados de novembro no sul da África, já foi detectada nos últimos dias em vários países da União Europeia, como Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, República Tcheca, Portugal, Espanha e França. 

Os jornais franceses desta terça-feira (30) abordam a propagação da variante ômicron na Europa. A nova cepa do coronavírus, descoberta em meados de novembro no sul da África, já foi detectada nos últimos dias em vários países da União Europeia, como Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, República Tcheca, Portugal, Espanha e França.

O jornal La Croix destaca que os países europeus tentam coordenar uma resposta conjunta a essa nova fase da pandemia, enquanto aguardam uma eventual atualização das vacinas. Segundo o diário, os governos não pretendem fechar as fronteiras interiores da União Europeia. A escolha se concentra na proibição de voos provenientes de alguns países do sul do continente africano, impondo quarentena aos viajantes que chegaram dessa região recentemente. Em paralelo, as autoridades sanitárias europeias reforçam o apelo para que a população receba a dose de reforço da vacina anticovid e não relaxe as medidas básicas de proteção contra o vírus, ressalta La Croix. O uso de máscara, a lavagem frequente das mãos e o distanciamento físico continuam sendo essenciais para evitar a contaminação.

Para o jornal Le Parisien, a grande questão é se os imunizantes que estão sendo aplicados atualmente serão eficazes contra a variante ômicron. Em entrevista ao diário, imunologistas sublinham que não há nenhuma certeza se as vacinas anticovid utilizadas hoje poderão combater as mais de 30 mutações que sofreu o Sars-Cov-2.

A reportagem afirma que algumas das empresas que desenvolveram imunizantes contra a Covid-19 já trabalham na adaptação dos fármacos contra a ômicron. No entanto, os cientistas são unânimes em afirmar que a principal arma, no momento, continua sendo as vacinas existentes. Não é à toa que o Reino Unido resolveu oferecer a dose de reforço a todos os adultos três meses após o esquema vacinal completo, destaca o diário.

Desigualdade vacinal

O jornal Libération reporta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) aproveita essa nova fase da pandemia para realizar um debate sobre a desigualdade na imunização contra a Covid-19. Segundo dados oficiais, apenas 7,4% da população africana está completamente vacinada contra a doença, enquanto 66% dos europeurs e 59% dos americanos se imunizaram.

"Em um relatório publicado na segunda-feira (29), várias ONGs apontam a responsabilidade dos países ricos, acusados de privar o resto do mundo do acesso às vacinas anticovid, principalmente bloqueando as negociações na Organização Mundial do Comércio sobre a retirada das patentes dos imunizantes", ressalta o jornal Libération.