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Pessoas com Covid poderão votar nas eleições presidenciais da França

30/03/2022 16h19

O porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, convocou nesta quarta-feira (30) os eleitores que irão às urnas durante as eleições presidenciais de abril a "assumir sua responsabilidade individual" no contexto sanitário da pandemia de Covid-19. Ele disse que pessoas que possam ter sido contaminadas nos dias que antecedem as eleições poderão participar do pleio, mas pediu que usem máscara de proteção.

Salientando que "a votação é um direito constitucional, portanto nada pode proibir uma pessoa de ir votar", e que "não haverá nenhum passaporte de saúde, vacinal ou teste obrigatório para ir votar na entrada dos postos de votação", o porta-voz do governo francês, Gabriel Attal, expressou "um chamado à responsabilidade individual" na saída do conselho de ministros, em Paris.

"Para as pessoas contaminadas pela Covid nos dias que antecedem a votação, elas poderão votar. Obviamente recomendamos que usem máscara para isso", acrescentou.

O uso de máscara não é mais obrigatório na França em espaços fechados, exceto para o transporte público e estabelecimentos de saúde, desde 14 de março.

Além das pessoas que tiveram testes positivos recentemente, também serão recomendadas máscaras para pessoas imunocomprometidas, idosas, cronicamente doentes ou frágeis, pessoas sintomáticas e casos de contato de risco, disse o Ministério do Interior da França em uma declaração.

Máscaras e testes disponibilizados

O número de eleitores por seção eleitoral não é limitado, mas o acesso a ele pode ser "regulado" e a entrada e saída deve ser "separada" para evitar situações "de grande promiscuidade", acrescentou o ministério. Máscaras cirúrgicas e autotestes serão disponibilizadas aos eleitores, mas também aos mesários.

A dez dias do primeiro turno das eleições presidenciais, o número de infecções por Covid-19 continua a aumentar na França, com 217.480 casos registrados na terça-feira (29).

O porta-voz do governo disse em seu relatório sobre o Conselho de Ministros que "há várias semanas, como todos os nossos vizinhos europeus, estamos enfrentando um ressurgimento de contaminações".

Ao mesmo tempo em que observou que "foram registrados mais casos na terça-feira do que no mesmo dia da semana anterior" e que "a taxa de incidência agora excede 1.000 em todas as regiões", Gabriel Attal acrescentou que "este aumento no número de contaminações parece gradualmente diminuir".

E "se houve um ligeiro aumento nas admissões hospitalares nos últimos dias, o número de pacientes hospitalizados permanece sustentável", completou o porta-voz. Nas unidades de cuidados intensivos, a diminuição de casos desacelerou, mas parece cotinuar", insistiu Attal.

(Com informações da AFP)