Topo

Esse conteúdo é antigo

Para evitar roubos, loja do Carrefour na França proíbe uso de máscaras

Loja da rede de supermercados está localizada na cidade de Grenoble, na região sudeste da França - Reprodução/Twitter
Loja da rede de supermercados está localizada na cidade de Grenoble, na região sudeste da França Imagem: Reprodução/Twitter

03/05/2022 13h11Atualizada em 03/05/2022 13h14

Uma loja da rede de supermercados Carrefour, na região sudeste da França, decidiu tentar impedir que os consumidores entrassem usando máscaras, por "razões de segurança".

Apesar de a proteção sanitária não ser mais obrigatória em comércios do país, a França continua a registrar cerca de 50 mil casos positivos diários de covid-19.

Em uma unidade do Carrefour na cidade de Grenoble, o gerente colocou um cartaz na porta com o dizer "máscaras proibidas". O texto evoca uma lei de 2010 para justificar o pedido para que os clientes "mantenham seus rostos descobertos no estabelecimento".

Uma foto do cartaz foi publicada nas redes sociais no último domingo (1°) e provocou indignação.

Ao ser questionado pelo jornal francês Libération, o gerente da loja confirmou ter colocado o cartaz e afirmou se tratar de uma medida de segurança para evitar roubos.

"Enquanto havia a obrigação, as pessoas que roubam como as que não roubam deviam usar máscaras. Quando acontecia um roubo, nós não tínhamos provas [para mostrar à polícia]", argumenta.

"Agora que a máscara não é mais obrigatória, é preciso estar reconhecível dentro de um estabelecimento público", diz.

Na França, o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais públicos não é mais obrigatório desde 14 de março. No entanto, as autoridades sanitárias do país continuam a recomendar seu uso, "para pessoas vulneráveis", em locais fechados ou com grande frequentação.

Já no transporte público e em centros de saúde, o uso do acessório de proteção continua sendo obrigatório.

A lei de 2010, citada pela loja da rede Carrefour, proíbe o uso de roupas e acessórios que cubram completamente o rosto dentro de comércios. No entanto, o texto prevê a exceção por justificativas sanitárias, como é o caso da proteção contra a transmissão do coronavírus.

Questionada pelos jornalistas do Libération, o gerente afirma que o estabelecimento só exige que pessoas "suspeitas" mostrem o rosto. "Não estamos perseguindo todo mundo. Deve haver 25% dos clientes que mantêm a máscara".

A rede Carrefour, por outro lado, diz que o cartaz já foi removido e que ele contraria as diretrizes do grupo.

Com 80% dos franceses vacinados contra a covid-19, o país deixou as principais restrições sanitárias no mês de março.

No entanto, a circulação do vírus continua, com cerca de 50 mil casos diários registrados pelo Ministério da Saúde. Atualmente, o país tem 1,6 mil pacientes internados na UTI devido à doença.