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Macron perde maioria absoluta no 2° turno da eleição legislativa

Presidente francês Macron em econtro com militares na base da OTAN na Romênia - Yoan Valat/Pool via REUTERS
Presidente francês Macron em econtro com militares na base da OTAN na Romênia Imagem: Yoan Valat/Pool via REUTERS

19/06/2022 15h08

Os franceses foram às urnas neste domingo (19) para o segundo turno da eleição legislativa. De acordo com os resultados provisórios divulgados às 20h pelo horário local (15h em Brasília), a coalizão formada em torno do partido do presidente Emmanuel Macron conseguiu 224 cadeiras dos votos, contra 149 da união da esquerda. Com o resultado, o chefe de Estado, reeleito em abril, perde a maioria na Assembleia e terá que negociar com a esquerda durante seu segundo mandato. O pleito também mostra um avanço importante da extrema direita, com 89 cadeiras. 

Os franceses foram às urnas neste domingo (19) para o segundo turno da eleição legislativa. De acordo com os resultados provisórios divulgados às 20h pelo horário local (15h em Brasília), a coalizão formada em torno do partido do presidente Emmanuel Macron conseguiu 224 cadeiras dos votos, contra 149 da união da esquerda. Com o resultado, o chefe de Estado, reeleito em abril, perde a maioria na Assembleia e terá que negociar com a esquerda durante seu segundo mandato. O pleito também mostra um avanço importante da extrema direita, com 89 cadeiras.

Em razão do sistema eleitoral francês, majoritário, a coalizão de Macron precisava eleger 289 dos 577 deputados para que o presidente possa implementar sem obstáculos as reformas que prometeu durante a campanha. Como não alcançou esse número, ele ficará dependente de acordos com a oposição para aprovar projetos de lei e reformas do Executivo.

O principal rival de Macron nesse pleito era a Nova União Popular Ecológica e Social (Nupes), coalizão que, pela primeira vez em 25 anos, conseguiu se reunir em um único grupo boa parte da esquerda, com a participação dos ecologistas, comunistas e socialistas, além da França Insubmissa (FI), partido da esquerda radical.

Para Jean-Luc Mélenchon, que lidera a França Insubmissa e que por pouco não chegou ao segundo turno da eleição presidencial em abril, com quase 22% dos votos, a eleição legislativa é sua revanche. Desde que ficou em terceiro lugar na corrida presidencial, ele diz que seu objetivo é impedir Macron de aplicar seu programa de linha liberal e, se possível, se tornar o próximo primeiro-ministro.

Extrema direita em alta

Já Marine Le Pen, líder da extrema direita francesa, via nesse segundo turno da eleição legislativa uma oportunidade de reforçar sua legenda na Assembleia Nacional. Segundo os primeiros resultados, seu partido, o Reunião Nacional, esperava eleger mais de 15 deputados, número necessário para formar um grupo parlamentar.

Mas com os primeiros resultados, que apontam 89 cadeiras para o partido de Le Pen, nao apenas a legenda formará um grupo, algo que não acontecia na França desde 1986, como também poderá pesar nas decisões das leis do país nos próximos anos.

Abstenção

Mais de 48 milhões de franceses estão habilitados a participar do pleito. Mas como o voto na França não é obrigatória, a taxa de participação foi um dos índices mais observados do pleito. Ao meio-dia 18,99% já tinham votado, um número em ligeira alta (0,56%) com relação ao primeiro turno. Mas às 17h o índice era de 38,11%, uma baixa de 1,31% com relação ao primeiro turno, quando 39,42 % dos eleitores já tinham votado no mesmo horário.

Segundo os primeiros números divulgados às 20h, logo após o fechamento de todas as zonas eleitorais, a taxa de abstenção nesse segundo turno da eleição legislativa foi de 54%.