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Vacinas contra a Covid-19 são seguras para gestantes, aponta estudo canadense

12/08/2022 15h26

Um estudo realizado no Canadá e publicado na revista The Lancet afirma que as vacinas anticovid de RNA mensageiro não representam perigo para as grávidas. Para chegar a essa conclusão, os cientistas canadenses analisaram 200 mil mulheres que receberam uma injeção dos imunizantes da Pfizer ou da Moderna. Sete dias depois da injeção, nenhum dano foi observado para os fetos ou as mães.

Um estudo realizado no Canadá e publicado na revista The Lancet afirma que as vacinas anticovid de RNA mensageiro não representam perigo para as grávidas. Para chegar a essa conclusão, os cientistas canadenses analisaram 200 mil mulheres que receberam uma injeção dos imunizantes da Pfizer ou da Moderna. Sete dias depois da injeção, nenhum dano foi observado para os fetos ou as mães.

Os cientistas pretendem acompanhar essas mulheres a longo prazo para observar os efeitos das vacinas além do período de uma semana.

Esses resultados iniciais, no entanto, provam, segundo os autores, que as vacinas de RNA mensageiro contra a Covid-19 são seguras durante a gravidez. No entanto, muitas gestantes ainda estão apreensivas com a vacinação.

Na França, as gestantes são elegíveis à quarta dose do imunizante e o Ministério da Saúde lembra que a vacina é recomendada desde o primeiro trimestre da gestação. Especialistas também lembram que uma contaminação por Covid-19 pode ter como consequências formas graves da doença nas gestantes e ser fatal para os bebês.

Na França, as vacinas de RNA mensageiro dos laboratórios Pfizer e Moderna foram as mais injetadas, desde o início da campanha de vacinação no país.

As gestantes são convidadas pelo Ministério da Saúde francês a receberem uma 2ª dose de reforço, a chamada 4ª dose, desde o dia 20 de julho.

Agência Europeia segue mesma posição

Na Europa, estudos com mulheres grávidas divulgados pela Agência Europeia de Medicamentos em janeiro revelaram que as vacinas anticovid da Pfizer e da Moderna, com a tecnologia do RNA mensageiro, não representavam nenhum risco para mães ou bebês.

O comunicado emitido à época pelo regulador europeu citava pesquisas realizadas com 65 mil mulheres. "As análises não identificaram nenhum sinal de risco de complicações durante a gravidez, abortos naturais, nascimentos prematuros ou consequências para os bebês que nasceram depois que as gestantes foram vacinadas com os imunizantes de RNA mensageiro", reiterava o documento.

A agência Europeia de Medicamentos indica que a imunização anticovid fornece uma proteção importante contra hospitalizações e mortes, particularmente no final das gestações.

USA liberou vacina para grávidas antes

Confrontadas a um nível preocupante de hospitalizações de mulheres grávidas, as autoridades de saúde dos Estados Unidos informaram, em agosto de 2021, que futuras mães podiam receber com segurança uma vacina contra Covid-19.

"As vacinas são seguras e eficazes e nunca foi tão urgente aumentar a vacinação, visto que enfrentamos a variante Delta, altamente contagiosa, e as graves consequências da Covid-19 em mulheres grávidas", alertou, à época, Rochelle Walensky, diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a principal agência federal de saúde pública do país.

(Com informações da RFI)