Secretário-geral da ONU pede que Moscou não retire usina de Zaporíjia da rede ucraniana
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu nesta sexta-feira (19) à Rússia que não corte a usina nuclear de Zaporíjia, controlada atualmente por Moscou, da rede ucraniana de fornecimento de energia, enquanto Kiev e Moscou se acusam mutuamente de perigosos bombardeios no local.
"É claro que a eletricidade de Zaporíjia é eletricidade ucraniana (...) esse princípio deve ser totalmente respeitado", declarou Guterres em entrevista coletiva durante uma visita ao porto de Odessa.
A operadora de usina ucraniana Energoatom afirmou nesta sexta-feira temer que a Rússia retire a usina nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa e que Moscou controla desde março, da rede elétrica ucraniana.
"Há relatos de que os ocupantes russos planejam encerrar a operação dos reatores e cortá-los das linhas de fornecimento do sistema de energia ucraniano", informou a Energoatom pelo Telegram.
"Suicídio"
Moscou e Kiev se acusaram nas últimas semanas de atentados contra a usina nuclear localizada no sul da Ucrânia, levantando a ameaça de um grande desastre na Europa. Guterres estimou nesta quinta-feira (18) que "qualquer dano potencial à Zaporíjia seria suicídio" e pediu a desmilitarização do território da usina.
Na última quarta-feira (17), a Otan exigiu uma "inspeção urgente" da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na usina de Zaporíjia. Kiev declarou que suas equipes de resgate participam de exercícios simulados de agressões a instalações nucleares.
(Com informações da AFP)
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