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Daniel Alves depõe no julgamento em que é acusado de estupro

07/02/2024 08h12

A terceira e última sessão do julgamento do jogador Daniel Alves, acusado de violentar uma jovem numa boate de Barcelona, acontece nesta quarta-feira (7). A grande expectativa para este dia gira em torno do depoimento do jogador. A defesa do atleta deve seguir apostando em enfatizar que Alves atuou sob efeito de álcool.

O terceiro dia de julgamento do jogador brasileiro Daniel Alves, que acontece em Barcelona, tem início previsto para as 15h no horário local, 11h no horário de Brasília. Serão apresentados relatórios periciais, informes finais e conclusões, mas a grande expectativa de quem acompanha as sessões paira sobre o depoimento de Daniel Alves.

A defesa do atleta solicitou que ele fosse o último a depor e teve o pedido acatado pelo tribunal.

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Tudo leva a crer que o jogador vai declarar que estava sob efeito de álcool quando se relacionou sexualmente com a denunciante - na noite de 30 de dezembro de 2022, durante uma festa numa discoteca da capital catalã, num ato que ele afirma ter sido consensual.

Consumo de álcool

Na sessão de terça-feira (6), as questões relacionadas a um possível estado de embriaguez foram centrais. A defesa de Alves insistiu em perguntas que levassem as testemunhas a falar sobre o nível de consumo de álcool do atleta naquele dia.

Entre os 19 depoentes ouvidos no segundo dia de julgamento, esteve a esposa de Daniel Alves, Joana Sanz. A modelo afirmou que Alves chegou em casa, da boate, com sinais de embriaguez.

Em um depoimento sucinto, Sanz falou que o esportista estava bêbado e cheirava a álcool. Comentou também que ele chegou a esbarrar em um móvel e que os dois praticamente não conversaram na ocasião, justamente pelo estado em que o marido se encontrava.

Foram ouvidos também amigos de Daniel Alves, que estiveram com ele durante o dia da festa. Todos confirmaram que o acusado esteve consumindo um alto volume de bebidas alcoólicas.

Segundo os amigos, antes que Daniel Alves fosse à boate Sutton, eles estiveram juntos em um restaurante e em um bar. Bruno Brasil, que foi à boate com o jogador, afirmou que Daniel Alves foi "o que mais bebeu".

Com toda a insistência em provar o grau de embriaguez do lateral-direito, entende-se que a aposta da defesa pode ser em diminuir uma possível pena, se houver condenação. Na Espanha, o fato de Alves estar embriagado poderia ser considerado um atenuante.

Versões da polícia

Policiais que atuaram no caso também foram ouvidos na terça-feira. Alguns deles expuseram que a denunciante estava em estado de choque quando falou com a polícia e que, num primeiro momento, não queria denunciar porque isso seria confrontar alguém muito importante.

Na segunda-feira (5), foram ouvidos três funcionários da boate, uma amiga e uma prima da denunciante, além da mulher que acusa Alves de estupro.

A amiga havia relatado o medo da jovem de prestar queixa e a prima falou que, ao sair do banheiro, a denunciante disse que Daniel Alves a havia "machucado muito", além de ter ejaculado dentro dela.

Tanto a amiga quanto a prima afirmaram que Daniel Alves as apalpou antes de entrar no banheiro com a mulher que o acusa de estupro.

A jovem que diz ter sido violentada por Alves foi a única a depor a portas fechadas, por questões de proteção. De acordo com informações divulgadas na imprensa espanhola, por jornais como "La Vanguardia" e "El Periódico", as declarações da denunciante no julgamento teriam ratificado as anteriores e ela teria confirmado que foi agredida sexualmente por Alves.

O Ministério Público espanhol pede 9 anos de prisão para Daniel Alves, enquanto a advogada da denunciante pede 12. Ainda não se sabe quando será dado o veredito do tribunal.

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