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Setor da Cultura sairá prejudicado em caso de vitória da extrema direita na França

18/06/2024 11h15

O projeto de governo do partido de extrema direita francês Reunião Nacional, em caso de vitória nas eleições legislativas de 30 de junho e 7 de julho, é destaque na imprensa do país nesta terça-feira (18). Para os jornais, além de restrições ligadas à imigração, setores como o da Cultura devem sair prejudicados.

O jornal Libération analisa os impactos no setor da Cultura, destacando alguns dos temas mais presentes no discurso da extrema direita, como defesa do patrimônio francês, privatização de tevês e rádios públicas, promoção de culturas regionais, luta contra o que consideram "cultura woke" e eliminação da escritura inclusiva.

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Segundo o jornal, no projeto de governo do Reunião Nacional, a palavra "cultura", considerada "um palavrão", não aparece. Em seu lugar é usado "patrimônio", num discurso que indica prováveis cortes importantes para o setor e restrições à liberdade de expressão.

Projeto de governo

Nas páginas do Le Parisien, o líder do Reunião Nacional, Jordan Bardella, explica seu projeto de governo. Medidas urgentes como uma auditoria financeira imediata, diminuição do preço dos combustíveis e da eletricidade seriam tomadas. Depois, a França entrará em um "período de reformas", de acordo com o candidato a futuro primeiro-ministro de apenas 28 anos.

Já nas primeiras semanas de governo, Bardella quer submeter ao voto da Assembleia Nacional uma "lei urgente" sobre a imigração que visa suprimir o direito de pessoas que nascem na França, filhos de pais estrangeiros, de terem acesso à nacionalidade francesa. Ele também prevê restringir o direito à saúde pública a cidadãos franceses.

Voto dos católicos

O jornal católico La Croix destaca a dificuldade de padres em manter uma posição neutra nestas eleições. Em um contexto político explosivo, os bispos franceses buscam com dificuldade um posicionamento, entre os que pedem uma posição sem ambiguidades contra a extrema direita, os que acreditam que eles não devem intervir no terreno político e os que gostariam que eles defendessem a "identidade cristã" da França, diz o jornal.

O voto dos católicos, religião majoritária na França, está dividido, diz o jornal citando uma pesquisa Ifoppour realizada para as eleições europeias: 28% votaram pela extrema direita, 28% pela esquerda, 16% pela direita tradicional e 10% para o partido do presidente Emmanuel Macron.

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