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Imprensa francesa analisa a vitória esmagadora de Trump nos EUA

07/11/2024 08h21

As imagens de Donald Trump saboreando a segunda vitória nas eleições americanas estão nas capas da imprensa mundial nesta quinta-feira (7), e não é diferente na França. Os jornais analisam "o inacreditável comeback" do líder republicano, que voltou a registrar uma votação bastante superior a que antecipavam as pesquisas.

O bilionário se encaminha para obter a melhor votação de um candidato republicano em 20 anos. Além disso, seu partido retoma o controle do Senado. "Super-resultados nos bastiões eleitorais republicanos, conquista de terras democratas: Donald Trump chega pela segunda vez à Casa Branca com mais poder do que nunca", reconhece o diário progressista Libération.

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O jornal afirma que as fraquezas da candidatura de Kamala Harris estão longe de explicar a vitória. "O populismo de Trump convenceu 90% dos condados americanos, onde o apoio a ele cresceu em praticamente todas as camadas da sociedade, inclusive entre negros e latinos (...), e apesar dos horrores racistas que ele pronunciou contra essas populações", diz.

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Le Parisien afirma que a vitória "tão ampla e incontestável do magnata, seguida de felicitações da quase totalidade dos líderes internacionais", indicam que Trump pode ter se tornado "irresistível tanto no interior, quanto no exterior" dos Estados Unidos. "Os mais de 70 milhões de americanos que votaram nele não são fascistas, são cidadãos que cansaram do sentimento de jamais serem ouvidos", acrescenta o diário.

Le Monde nota que, "desta vez, os americanos o escolheram com total conhecimento de causa: o eleitorado de Trump sabe aonde ele vai levar o país, e quer de novo". A publicação afirma que a eleição marca "o fim de um ciclo iniciado na Segunda Guerra Mundial nos Estados Unidos, de uma superpotência aberta e engajada por um modelo de mundo democrático".

O jornal conservador Le Figaro salienta que a votação é resultado de uma "saturação da política de Joe Biden". "Sempre é bom lembrar que a revolução Trump representa um profundo realinhamento cultural e político, uma vontade de preservar o modo de vida americano tradicional contra a arrogância das elites, e a rejeição à desconstrução de tudo", indica o Figaro, para o qual "a derrota contundente de Kamala Harris condena os democratas a se reinventarem".

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