Míssil lançado por rebeldes houthis do Iêmen provoca incêndio no sudoeste de Jerusalém

Os bombeiros israelenses tentavam controlar, na manhã desta segunda-feira (11), um incêndio na área de Bet Shemesh, a cerca de 20 quilômetros ao sudoeste de Jerusalém, provocado por um míssil disparado do Iêmen em direção ao país. Os rebeldes houthis reivindicaram a responsabilidade pelo ataque.

"As forças armadas iemenitas realizaram uma operação contra a base militar de Nahal Sorek, a sudeste de Jaffa. O fogo foi preciso e iniciou um incêndio perto do alvo", segundo Yahya Saree, porta-voz militar do grupo.

As sirenes de alerta soaram na área de Bet Shemesh pouco antes das 6h desta segunda-feira. "Os bombeiros também estão no local para descartar novos incêndios e danos causados por estilhaços de interceptores ou mísseis", segundo um comunicado do corpo de bombeiros de Jerusalém.

No Iêmen, os rebeldes houthis, que controlam grandes áreas do país, integram o chamado "eixo de resistência" de Irã contra Israel, que inclui o movimento islâmico palestino Hamas e o libanês Hezbollah.

Desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, os houthis realizaram vários ataques contra o país e a navios ao largo do Iêmen, em solidariedade aos palestinos, segundo os combatentes.

A "Resistência Islâmica no Iraque", uma coalizão de grupos armados pró-iranianos, também reivindicou a responsabilidade por quatro ataques de drones, realizados na manhã desta segunda-feira contra "alvos estratégicos" no norte e no sul de Israel.

O Exército israelense afirma que "conseguiu interceptar quatro drones que se aproximavam de Israel pelo leste" na noite deste domingo (10). "Dois deles foram interceptados antes de entrar em território israelense", segundo um comunicado divulgado pelas forças israelenses.

Irã pede "fim do genocídio"

Para o Irã, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve "acabar com genocídio" em Gaza, onde Israel está em guerra com o Hamas há mais de um ano. A declaração foi dada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaï, nesta segunda-feira.

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Em 15 de outubro, os EUA sinalizaram que poderiam adiar a transferência de uma parte dos bilhões de dólares de assistência militar a Israel, caso o fornecimento de ajuda humanitária em Gaza não melhorasse em um prazo de 30 dias, que termina nesta quarta-feira (13).

Após três meses de negociações para colocar fim à guerra no enclave, o Catar se retirou do papel de mediador entre Israel e Hamas, informou o Ministério das Relações Exteriores do emirado no sábado.

O Catar, os EUA e o Egito vinham tentando há meses obter um cessar-fogo em Gaza e um acordo para a troca de reféns e prisioneiros entre Israel e o Hamas, mas as negociações foram interrompidas.

Desde o início da guerra, apenas uma trégua foi estabelecida, em novembro de 2023, que durou uma semana e permitiu a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos.

(Com informações da AFP)

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