Trump indica 'czar das fronteiras' como chefe de agência de controle de imigração
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (10) o retorno de Tom Homan como chefe da agência responsável pelo controle de fronteiras e imigração (ICE). Homan, conhecido como o "czar das fronteiras", será responsável por "todas as deportações de estrangeiros ilegais para seus países de origem", declarou Trump, que também confirmou Elise Stefanik como nova embaixadora dos EUA na ONU.
Trump prometeu colocar em prática a maior operação para deportar imigrantes ilegais da história dos Estados Unidos, logo após a posse em janeiro, em seu primeiro dia na Casa Branca.
"Tenho o prazer de anunciar que o ex-diretor do ICE, Tom Homan, fará parte do governo Trump, onde será responsável pelas fronteiras de nossa nação", escreveu o bilionário republicano em sua rede Truth Social.
Homan foi diretor do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA no primeiro mandato de Trump. No novo governo, ele será responsável pela fiscalização das fronteiras com o México e o Canadá pela segurança marítima e aérea relacionada ao controle da migração.
"Conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor do que ele para monitorar e controlar nossas fronteiras", disse Trump.
Durante sua campanha, Trump atacou os imigrantes ilegais e prometeu restabelecer uma política de separação de famílias na fronteira. "Tenho uma mensagem para os milhões de imigrantes ilegais que Joe Biden deixou entrar em nosso país: é melhor vocês começarem a fazer as malas agora"", declarou Homan durante a Convenção Nacional Republicana em julho.
Quase 4.000 crianças migrantes foram separadas de seus pais e colocadas em detenção durante o primeiro mandato de Trump.
Nova embaixadora dos EUA na ONU
Trump também anunciou neste domingo a nomeação da congressista republicana Elise Stefanik como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. "Tenho a honra de nomear Stefanik para servir em meu governo como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, disse Trump em um comunicado ao jornal New York Post.
O presidente eleito afirmou em seus comícios que os EUA eram alvo de uma "invasão" de migrantes, apresentando dados falsos sobre a imigração, como o aumento de crimes violentos atribuídos aos estrangeiros.
Na realidade, os migrantes cometem proporcionalmente menos crimes do que a população e os casos aumentaram no primeiro mandato de Trump, mas diminuíram nos anos do governo do presidente Joe Biden.
Trump prometeu combater gangues de migrantes usando a chamada "Lei dos Inimigos Estrangeiros" de 1798, que permite ao governo federal prender e deportar imigrantes oriundos de países considerados "inimigos".
Com informações da AFP
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