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Conflito Israel-Hezbollah: Líbano estuda proposta de cessar-fogo apresentada pelos EUA

15/11/2024 16h34

O Líbano está avaliando uma proposta americana de cessar-fogo, informaram nesta sexta-feira (15) à AFP dois altos funcionários do governo libanês, quase dois meses após o início da guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah.

Após um ano de trocas de tiros transfronteiriços no sul do Líbano, o movimento islâmico pró-iraniano e o Exército israelense entraram em guerra em 23 de setembro.

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Desde essa escalada, que resultou em intensos bombardeios israelenses sobre os redutos do Hezbollah, todos os esforços internacionais para alcançar uma trégua fracassaram, apesar dos apelos de Washington e da França.

Os confrontos começaram em outubro de 2023, quando o Hezbollah abriu uma frente para apoiar o movimento palestino Hamas, cujo ataque contra Israel desencadeou a guerra em Gaza.

Sem revelar os detalhes, um alto funcionário libanês informou à AFP que a embaixadora americana em Beirute, Lisa Johnson, apresentou ao primeiro-ministro, Najib Mikati, e ao presidente do Parlamento, Nabih Berri, um plano com 13 pontos.

"É uma espécie de proposta americana. Berri pediu um prazo de três dias", afirmou o funcionário, falando sob anonimato devido à sensibilidade do tema. Ele destacou que Israel ainda não deu uma resposta.

Em caso de acordo, ele será anunciado num comunicado conjunto franco-americano, acrescentou o alto funcionário. "Haverá um cessar-fogo de 60 dias e o Líbano começará a mobilizar seu Exército na fronteira."

Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse à AFP que não poderia "comentar negociações privadas em andamento".

Uma segunda fonte do governo libanês, também sob anonimato, confirmou que uma proposta está em análise.

A iniciativa é fruto de discussões entre Berri e o enviado americano Amos Hochstein. Eles chegaram a "um entendimento sobre uma folha de rota para o cessar-fogo e a implementação da resolução 1701", ressaltou a fonte.

A resolução 1701 da ONU permitiu o fim da guerra anterior entre Israel e o Hezbollah, em 2006.

Ela determina que apenas o Exército libanês e os Capacetes Azuis da FINUL sejam mobilizados na fronteira sul do Líbano, vizinha ao norte de Israel, com o recuo dos combatentes do Hezbollah para áreas mais ao norte, assim como a retirada de soldados israelenses do território libanês.

Desde 2006, essa resolução tem mantido um equilíbrio precário, apesar de episódios de confrontos.

(Com AFP)

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