Los Angeles vira 'cidade-santuário' contra política migratória de Trump
Por treze votos a favor e nenhum contra, a Câmara Municipal de Los Angeles, na Califórnia, de esquerda, adotou uma medida que a transforma em uma "cidade-santuário", ou seja, que garante mais direitos aos imigrantes.
Por treze votos a favor e nenhum contra, a Câmara Municipal de Los Angeles, na Califórnia, de esquerda, adotou uma medida que a transforma em uma "cidade-santuário", ou seja, que garante mais direitos aos imigrantes.
A medida é uma mensagem para Trump e sua política anti-imigração e visa particularmente os estrangeiros sem documentos e seus familiares. Trump, que assume a presidência dos EUA em janeiro, anunciou sua intenção de colocar em prática deportações em massa de imigrantes clandestinos.
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"Da comida que estão em nossos pratos a todos os outros setores econômicos, 1,3 milhão de imigrantes mantêm Los Angeles funcionando e fazem dela a melhor cidade do país. Hoje, queremos dizer para esta comunidade: a Câmara Municipal está ao seu lado", frisou uma das vereadoras após a votação.
Com a decisão, a cidade não investirá seus recursos em pessoal ou equipamentos a serviço do governo Trump.
A estimativa é que pelo menos 11 milhões de clandestinos vivam nos Estados Unidos - e uma boa parte deles mora na Califórnia e em Los Angeles. A polícia local também não vai cooperar com as autoridades federais, segundo a Câmara Municipal.
Plano será implementado, diz Tom Homan
Após a eleição de Donald Trump, outras cidades como Nova York e Boston prometeram reduzir o repasse de recursos para a agência federal de imigração.
Mas Tom Homan, que deverá assumir a direção da agência que controla as fronteiras nos EUA, diz que nada o impedirá de colocar seu plano em prática. "Vamos terminar o trabalho que começamos e vamos fazê-lo com ou sem a ajuda dessas cidades", disse.
Para implementar seu plano, Donald Trump não descarta declarar estado de emergência nacional. A medida permitiria mobilizar o Exército para ajudar o setor de imigração a executar as medidas propostas pelo futuro governo.
Entre as propostas que estariam sendo avaliadas, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, estão a limitação da imigração legal para pessoas de baixa renda, deficientes ou com inglês limitado. O objetivo seria reduzir o uso de benefícios públicos.