Coreia do Sul: Oposição tenta convencer deputados a votarem impeachment do presidente no sábado

A oposição sul-coreana intensificou seus esforços para destituir o presidente Yoon Suk-yeol, convocando os deputados do partido governista a se unirem a eles em uma votação marcada para sábado (14), no Parlamento. O presidente, que recentemente instaurou e revogou a lei marcial em um curto período, enfrenta uma investigação criminal por "rebelião" e está proibido de deixar o país.

O que aconteceu

A primeira moção de destituição foi rejeitada em 7 de dezembro. A maioria dos deputados do Partido do Poder ao Povo (PPP) deixou o plenário antes da votação, o que impossibilitou o quórum necessário.

A oposição precisa de 200 votos dos 300 deputados para aprovar a moção. Com 192 cadeiras, eles buscam convencer pelo menos oito dos 108 deputados do PPP a mudar de lado.

Sete deputados do PPP já declararam apoio à destituição. Isso sugere uma votação apertada, com chances estimadas em "99%" de aprovação, segundo o deputado da oposição Kim Min-seok.

Se aprovada, Yoon será suspenso até a decisão da Corte Constitucional. O primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá interinamente, enquanto a Corte tem até 180 dias para se pronunciar.

Yoon poderá enfrentar responsabilidade penal mesmo sem destituição. A pesquisadora Kim Hyun-jung afirma que sua tentativa de golpe é vista como um "ato de rebelião".

O presidente enfrenta uma crise política crescente na Coreia do Sul. Desde sua tentativa falha de impor a lei marcial, milhares têm protestado em Seul pedindo sua renúncia.

A popularidade de Yoon caiu para 11% segundo pesquisa da Gallup. Além disso, 75% dos entrevistados apoiam sua destituição.

Os protestos incluem uma ampla gama da sociedade sul-coreana. Desde jovens fãs de K-pop até aposentados que viveram sob ditadura militar na década de 1980 estão nas ruas exigindo mudanças.

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