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Polícia proíbe presidente da Jeju Air de deixar Coreia após acidente aéreo que matou 179

Coreia do Sul, Acidente, Avião Imagem: Jung Yeon-Je/AFP

RFI;

02/01/2025 11h32

O presidente da companhia aérea sul-coreana Jeju Air, Kim E-bae, foi proibido de deixar o país após o acidente com o Boeing 777-800, que deixou 179 passageiros mortos no domingo (29). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pela polícia da província de South Jeolla, onde ocorreu a catástrofe.

A polícia sul-coreana revistou o Aeroporto de Internacional de Muan e os escritórios da companhia aérea Jeju Air nesta quinta-feira(2). A aeronave vinda de Bangcoc pousou em Muan sem o trem de pouso acionado e bateu em um muro no final da pista. Apenas dois comissários de bordo sobreviveram.

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Investigadores da Coreia do Sul e dos Estados Unidos, mas também da fabricante Boeing, estão rastreando o local do acidente para determinar as causas da tragédia. As duas caixas-pretas, que registram os diálogos dos pilotos e os dados do voo, foram encontradas e estão sendo analisadas.

De acordo com a agência de notícias local Yonhap, o mandado de busca é baseado em possíveis acusações "de negligência profissional que resultaram em mortes".

Após o acidente, as autoridades sul-coreanas anunciaram que todas as aeronaves Boeing 737-800 que operam no país serão submetidas a inspeções com foco no trem de pouso, que parece ter falhado no domingo.

Medidas imediatas

O presidente em exercício da Coreia do Sul, Choi Sang-mok, disse que tomará "medidas imediatas" se essas inspeções revelarem problemas com o modelo do avião.

De acordo com as autoridades sul-coreanas, 101 aeronaves B737-800 operam na Coreia do Sul, em seis companhias aéreas diferentes.

"Dada a grande preocupação pública com o modelo de aeronave envolvido no acidente, o Ministério dos Transportes e as agências devem conduzir uma investigação completa sobre a manutenção operacional, formação e treinamento", disse Choi.

Na quarta-feira, os investigadores concluíram a extração dos dados do CVR, a caixa-preta com gravações de voz do cockpit, mas o FDR, que contém os dados de voo, está danificada e foi enviada aos Estados Unidos para análise.

Memorial improvisado

As autoridades mencionaram uma colisão com pássaros como a causa provável da tragédia, além de uma barreira no final da pista. Alguns especialistas acreditam que o desastre teria sido menos mortal se o muro não fosse de concreto.

No aeroporto de Muan, parentes e moradores locais montaram um memorial improvisado com flores e mensagens para as vítimas do acidente aéreo, considerado como o pior da história da Coreia do Sul. Centenas de pessoas formaram uma imensa fila para prestar homenagens em um altar em memória das vítimas.

Com informações da AFP

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