Ataque em escola da Suécia deixa mortos e feridos e é visto como um dos piores da história do país

Cerca de 10 pessoas foram mortas em um tiroteio em um centro educacional na Suécia, incluindo o suspeito do ataque.O episódio ocorrido nesta terça-feira (4) está sendo visto como o mais mortal da história do país escandinavo. Poucos detalhes foram apresentados pelas autoridades até o momento. 

As autoridades inicialmente informaram que várias pessoas haviam sido feridas no Campus Risbergska, uma escola secundária para jovens na cidade de Örebro, mas não haviam registrado nenhum óbito.

Ataques em escolas são relativamente raros na Suécia, mas o país sofre anualmente com tiroteios e atentados com bombas relacionados à violência de gangues, que matam dezenas de pessoas todos os anos.

"Cerca de 10 pessoas foram mortas hoje", disse o chefe da polícia de Örebro, Roberto Eid Forest, aos jornalistas, acrescentando que ainda não era possível informar um balanço exato devido ao grande número de feridos. Ele também não deu detalhes sobre os feridos.

Forest afirmou que a polícia ainda não sabia o motivo, mas acreditava que o atirador tivesse agido sozinho. "É terrível. Isso é um pesadelo", disse.

A polícia não divulgou informações sobre a identidade ou idades dos mortos, nem se eram estudantes ou professores da escola. Vários meios de comunicação relataram que o suspeito teria se suicidado, mas a polícia não confirmou essas informações.

'Muitos tiros' 

Forest informou que a polícia recebeu os primeiros relatos sobre o tiroteio na escola às 12h33 (horário local), mas não podia especificar como o ataque se desenrolou. "Estamos trabalhando com a suposição de que havia violência letal em andamento dentro da escola", afirmou Forest. O autor também teria levado algum tipo de equipamento para criar fumaça dentro da escola, acrescentou.

Dois professores do Campus Risbergska, Miriam Jarlevall e Patrik Soderman, disseram ao jornal Dagens Nyheter que ouviram disparos em um corredor. "Os alunos vieram e disseram que alguém estava atirando. Então ouvimos mais tiros no corredor. Não saímos, nos escondemos em nossos escritórios", disseram. "No começo, houve muitos tiros e depois ficou quieto por meia hora, e então começou de novo. Estávamos deitados sob as nossas mesas, encolhidos."

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Algumas testemunhas disseram à mídia sueca que ouviram o que acreditavam ser tiros de armas automáticas. O canal de televisão sueco TV4, por sua vez, informou que a polícia havia feito uma batida na casa de um suspeito em Örebro na tarde de terça-feira.

A reportagem disse que o suspeito tinha cerca de 35 anos, possuía uma licença para portar arma e não tinha antecedentes criminais, mas não forneceu mais detalhes sobre sua identidade. A polícia não confirmou essas informações.

Uma igreja próxima à escola estava aberta na noite de terça-feira para oferecer apoio à comunidade.

Escolas fecham portas por segurança

Estudantes de várias escolas próximas, bem como do colétio em questão, ficaram trancados por várias horas "por motivos de segurança", antes de serem gradualmente liberados, disseram as autoridades. "É um dia muito doloroso para toda a Suécia", escreveu o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson no X. "Meus pensamentos também estão com todos aqueles cujos dias escolares normais foram substituídos por um pesadelo. Ficar trancado em uma sala de aula com medo pela própria vida é um pesadelo que ninguém deveria ter que viver."

Embora tais tiroteios sejam raros, vários outros incidentes violentos ocorreram em escolas suecas nos últimos anos. Em março de 2022, um estudante de 18 anos esfaqueou até a morte dois professores em uma escola secundária na cidade de Malmö, no sul. Dois meses antes, um estudante de 16 anos foi preso após ferir outro aluno e um professor com uma faca em uma escola na pequena cidade de Kristianstad. Em outubro de 2015, três pessoas foram mortas em um ataque de cunho racial em uma escola na cidade ocidental de Trollhättan por um agressor armado com uma espada, que foi posteriormente morto pela polícia.

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