Aeroporto de Heathrow está "totalmente operacional" após fechamento por queda de energia

O Aeroporto de Heathrow, em Londres, informou no sábado (22) que estava "totalmente operacional" novamente, apesar dos atrasos e alguns cancelamentos, um dia após ter sido fechado devido a uma queda de energia causada por um incêndio, que gerou caos no tráfego aéreo mundial.

"Podemos confirmar que Heathrow está aberto e totalmente operacional", disse um porta-voz do aeroporto na manhã de sábado. "As equipes do aeroporto continuam fazendo todo o possível para ajudar os passageiros afetados pela interrupção de ontem", acrescentou.

Heathrow, um dos aeroportos mais movimentados do mundo, foi forçado a fechar na sexta-feira (21) após uma queda de energia causada por um incêndio na estação transformadora Hayes, em um subúrbio do oeste de Londres que atende o aeroporto.

A polícia e os bombeiros de Londres disseram que não estavam tratando o incêndio como suspeito.

O fechamento de Heathrow causou uma série de interrupções no tráfego aéreo, com muitos cancelamentos ou redirecionamentos dos aviões. Os voos começaram a ser retomados na sexta-feira à noite.

A atmosfera em Heathrow no sábado foi bastante normal, embora tenha havido alguns atrasos e cancelamentos de voos.

"Ontem pensamos que tudo viraria de cabeça para baixo. (...) Estamos realmente com sorte. Nosso voo chegou no horário", disse à AFP Claire Montgomery, uma mulher de 45 anos que voltava para casa em Austin, no Texas, Estados Unidos.

"Depois desse incêndio, pensei que levaria dias e dias", disse David Storck, professor universitário. Seu voo para Savannah, nos Estados Unidos, foi anunciado com 5 minutos de atraso. "É um milagre", comemorou.

Outros passageiros não tiveram a mesma sorte. Sagar Sagh, gerente de um restaurante, esperou seu voo para Mumbai durante horas. Ele deveria partir de Belfast para Heathrow na sexta-feira, mas o primeiro voo foi cancelado. "Foi realmente caótico e estressante", disse. O gerente do restaurante finalmente chegou à capital britânica na manhã de sábado, e seu voo para Mumbai chegou no horário.

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Quase total normalidade

Heathrow informou que adicionou voos no sábado, já que 10.000 passageiros suplementares eram esperados no aeroporto.

Um porta-voz aconselhou os viajantes a "verificar com suas companhias aéreas" as informações mais recentes sobre seus aviões.

A companhia Virgin Atlantic está planejando "uma programação quase completa com poucos cancelamentos". A Air India anunciou a retomada do tráfego normal.

A British Airways, a maior companhia aérea de Heathrow, disse que espera que "85%" de seus voos regulares sejam operados. A aérea britânica geralmente tem cerca de 600 aeronaves partindo e chegando neste aeroporto aos sábados.

Retomar as operações "após um incidente tão significativo é extremamente complexo", disse a empresa. Na sexta-feira, mais de 100.000 clientes da British Airways foram afetados pelo fechamento do aeroporto.

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No total, pelo menos 200.000 pessoas foram afetadas. Cerca de 1.350 aviões estavam originalmente programados para pousar ou decolar em Heathrow na sexta-feira.

"Caos"

A palavra "caos" está nas manchetes de vários jornais britânicos, que se perguntam como tal incidente pôde ter acontecido. "Um fracasso colossal", diz a manchete do Telegraph.

O diretor do aeroporto, Thomas Woldbye, pediu desculpas na sexta-feira à noite "às muitas pessoas cujas viagens foram interrompidas". Enquanto era criticado, ele disse à BBC que estava "orgulhoso" da capacidade de resposta do aeroporto e se recusou a dizer se deixaria o cargo.

O aeroporto conta com diversas fontes de energia elétrica para seu fornecimento de energia, além de geradores de emergência. Mas esses sistemas não são projetados para garantir o pleno funcionamento da infraestrutura, de acordo com sua operadora.

"Heathrow consome tanta energia por dia quanto uma cidade", explicou Thomas Woldbye à BBC. Ele rejeitou as críticas de que o aeroporto dependia demais de uma única fonte de eletricidade, exatamente a que pegou fogo. "Temos outras subestações, mas elas demoram para serem ativadas", disse ele.

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"Precisamos entender o que causou um incidente dessa magnitude", disse a Ministra dos Transportes, Heidi Alexander, prometendo que "lições serão aprendidas".

Este incidente mostra que Heathrow é "muito vulnerável", disse o secretário de Energia, Ed Miliband.

Construído em 1946, Heathrow é o maior dos cinco aeroportos que atendem a capital britânica. Em janeiro, recebeu sinal verde do governo para construir uma terceira pista até 2035.

(Com AFP)

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