Topo

Sobe para 40 o número de mortos após explosão no maior porto do Irã

Agência de notícias/República Islâmica do Irã/Handout via Xinhua Agência de notícias/República Islâmica do Irã/Handout via Xinhua
Imagem: Agência de notícias/República Islâmica do Irã/Handout via Xinhua

27/04/2025 14h09

A explosão no maior porto comercial do Irã, ocorrida no sábado, deixou pelo menos 40 mortos e mais de 1,2 mil feridos, segundo um novo balanço divulgado neste domingo (27) pela televisão estatal, enquanto os esforços continuam para conter o incêndio. O incidente ocorreu enquanto Teerã realizava a terceira rodada de negociações nucleares com os Estados Unidos em Omã.

A explosão no maior porto comercial do Irã, ocorrida no sábado, deixou pelo menos 40 mortos e mais de 1,2 mil feridos, segundo um novo balanço divulgado neste domingo (27) pela televisão estatal, enquanto os esforços continuam para conter o incêndio. O incidente ocorreu enquanto Teerã realizava a terceira rodada de negociações nucleares com os Estados Unidos em Omã.

"Até o momento, 40 pessoas perderam a vida devido aos ferimentos causados pela explosão", afirmou à televisão Mohammad Ashouri, responsável pela província de Hormozgan (sul), onde fica o porto Shahid Rajaï, perto da cidade costeira de Bandar Abbas.

Relacionadas

De acordo com a mídia estatal, incêndios continuavam a ser combatidos neste domingo (27) em várias partes da área afetada, com helicópteros e bombeiros trabalhando para apagá-los.

Produtos químicos presentes no porto foram suspeitos de ter contribuído para a explosão, mas a causa exata ainda não foi determinada. O Ministério da Defesa iraniano negou relatos da mídia internacional que sugeriam que a explosão poderia estar relacionada a manuseio inadequado de combustível sólido utilizado em mísseis.

Um porta-voz do ministério afirmou à televisão estatal que a área afetada pela explosão não tinha nenhuma carga militar.

Rumores sobre mísseis balísticos

A agência norte-americana Associated Press, citando a empresa de segurança britânica Ambrey, informou que o porto havia recebido em março perclorato de sódio, usado para impulsionar mísseis balísticos, e que o manuseio inadequado desse produto poderia ter causado a explosão.

O Financial Times, um jornal britânico, relatou em janeiro o envio de dois navios iranianos da China contendo material suficiente para impulsionar até 260 mísseis de médio alcance, para ajudar Teerã a reabastecer seus estoques após os ataques do Irã a Israel em 2024.

Nuvens de fumaça preta continuavam a subir sobre o local da explosão, enquanto o chão estava coberto por pedaços de metal torcido e outros destroços.

No início da tarde, o chefe da Cruz Vermelha iraniana informou à mídia estatal que o incêndio havia sido apagado em 90% e que as autoridades afirmaram que as atividades portuárias haviam sido retomadas nas áreas não afetadas de Shahid Rajaï.

Um porta-voz da organização iraniana de gestão de crises indicou que a explosão teria sido causada pelo armazenamento inadequado de produtos químicos em contêineres no porto de Shahid Rajaï.

Fatemeh Mohajerani, porta-voz do governo, pediu cautela, afirmando que, embora produtos químicos provavelmente tenham causado a explosão, ainda não era possível determinar a causa exata do incidente.

Três dias de luto

Aviões e helicópteros foram mobilizados para combater as chamas, de acordo com imagens da televisão estatal. No solo, os bombeiros montaram enormes mangueiras de incêndio.

A Rússia ordenou o envio "de vários aviões transportando especialistas", para ajudar no combate ao fogo, segundo a embaixada russa no Irã.

As autoridades ordenaram o fechamento dos escritórios e estabelecimentos escolares em Bandar Abbas, cidade de cerca de 650.000 habitantes, neste domingo [dia útil no Irã], enquanto a fumaça continuava a se espalhar pelos arredores.

O Ministério da Saúde pediu para que os habitantes permanecessem em casa "até novo aviso". Foi feito um apelo para doações de sangue para os feridos.

As autoridades decretaram um dia de luto nacional na segunda-feira (28) e três dias a partir deste domingo na província de Hormozgan, cuja capital é Bandar Abbas. A cidade abriga a principal base da marinha iraniana.

(Com AFP)


Últimas notícias