Simon chama Dilma de "marechala" e "política vulgar"
Aos 83 anos de idade, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez o discurso mais contundente contra a presidente Dilma Rousseff, durante a discussão do pedido de urgência, apresentado por governistas, para votar o projeto que dificulta o funcionamento de novos partidos políticos.
Contrário ao projeto, Simon chamou Dilma de "marechala presidente" e "política vulgar". Afirmou que a presidente está "perdendo a credibilidade" e "se deixou ludibriar pela paixão do cargo e para se manter no cargo, custe o que custar".
Simon classificou o projeto, que atrapalha a candidatura da ex-ministra Marina Silva a presidente, como "um pacote de abril de quinta categoria", comparando-o ao conjunto de leis editadas em 1977 pelo então presidente Ernesto Geisel, que, entre outras coisas, fechou temporariamente o Congresso. A diferença, disse o senador, é que naquela época o Brasil vivia uma ditadura. Agora, na democracia, "nos entregar é ato de covardia".
"Talvez tenhamos de nos referir à marechala presidente. Talvez, daqui a pouco, ela tenha de aparecer com um casaco diferente, que pode até continuar sendo vermelho, sua cor preferida, mas com estrelas. O pacote de abril da dona Dilma começou, e o pior é que quem começa não volta para trás e se acostuma."
Simon, que calou o plenário durante o inflamado discurso, afirmou que a popularidade de Dilma vai começar a cair, não só por causa da inflação, "que não é de mentirinha", à Petrobras, "que está se esvoaçando de uma maneira terrível" e não só aos juros, que começaram a subir de novo. "A presidenta está começando a perder a credibilidade. Já está começando a se ver que ela é uma política vulgar."
A presidente foi bombardeada pelos senadores, da tribuna, durante toda a sessão, pela pressão feita sobre a base para aprovação do projeto que impede que partido novo tenha tempo de televisão e recursos do fundo partidário relativos ao número de deputados que aderiram à sigla.
Poucos governistas subiram à tribuna para defender o projeto. Entre eles, Humberto Costa (PT-PE) e o líder do PT, Wellington Dias (PI). Da oposição, o líder do DEM, José Agripino (RN), foi o único a defender o projeto.
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