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Freixo nega ligação com envolvidos em morte de cinegrafista

Deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) durante entrevista - Ale Silva/Futura Press
Deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) durante entrevista Imagem: Ale Silva/Futura Press

10/02/2014 17h43

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) negou, nesta segunda-feira (10), ter qualquer relação com os dois manifestantes envolvidos na morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um explosivo em protesto, na quinta-feira (6), contra o aumento da passagem de ônibus urbano. Freixo afirmou que vai pedir à Polícia Civil que apure a denúncia, veiculada no domingo (9), que o relaciona ao suspeito de ter atirado o rojão.

"A acusação que paira é que tenho ligação com uma pessoa que ninguém sabe quem é, nem eu", disse o deputado em entrevista coletiva em seu gabinete. A Polícia do Rio prendeu, no domingo, o estudante e tatuador Fábio Raposo, indiciado como coautor da explosão que atingiu o cinegrafista.

Nesta segunda, o advogado de Raposo, Jonas Tadeu Nunes, informou conhecer a identidade do manifestante que acendeu o rojão, mas que só revelaria o nome para a polícia. "Mesmo que tivesse [ligação], jamais isso poderia ser associado a uma concordância minha com sua atitude [de ter atirado o rojão]", disse.

Veja o momento em que o cinegrafista é atingido por bomba

O estagiário do advogado que defende Raposo, Marcelo Matoso, assinou um termo de declaração em que afirma ter recebido da ativista Elisa Quadros --conhecida como Sininho--, uma ligação na qual ela teria dito que o homem que disparou o rojão é ligado ao deputado Marcelo Freixo.

Freixo criticou a postura da imprensa ao veicular sua suposta ligação com a pessoa não identificada que atirou o rojão.

De acordo com ele, o advogado Jonas Tadeu defendeu o ex-deputado estadual Natalino Guimarães, acusado de relações com as milícias do Rio de Janeiro, durante a CPI das Milícias, em 2008.

A comissão foi presidida por Freixo na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Na coletiva, Freixo lamentou a morte do cinegrafista, defendeu a permanência das manifestações, mas condenou o que chamou de "escalada de violência nos atos". Para ele, o governo estadual e a polícia do Estado não tiveram habilidade para controlar os atos de violência nos protestos.

O deputado ainda não anunciou se vai concorrer à reeleição, no pleito deste ano.

PRINCIPAL SUSPEITO

  • Reprodução/TV Brasil

    Imagens da "TV Brasil" mostram um homem de camisa cinza e calça jeans correndo pela Central do Brasil. Para a Polícia Civil, ele foi o responsável por acender o rojão