"Pezão e eu somos a mesma coisa", diz Cabral sobre saída do governo
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e seu vice, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmaram não ter havido espaço para "conversas políticas" com a presidente Dilma Rousseff, nesta sexta-feira (21), durante reunião de caráter emergencial convocada para tratar da onda de ataques promovida pelo crime organizado a comunidades do Rio de Janeiro. Uma das principais bandeiras do grupo político peemedebista é a política de segurança, com ênfase para as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que tem sido alvo de ataques direto.
Cabral se prepara para deixar o governo em abril e concorrer às eleições de outubro, provavelmente a uma cadeira no Senado. Pezão, que assumirá o governo do Estado por menos de um ano, tentará eleger-se para um mandato de mais quatro anos. "Eu e o Pezão somos a mesma coisa", disse Cabral ao Valor PRO ? serviço de informação em tempo real do Valor ? ao ser questionado sobre sua saída do governo e a sucessão estadual.
A corrida para o governo do Rio de Janeiro foi uma das principais motivações de tensão entre PT e PMDB nas negociações para a formação de palanques estaduais. Na última semana, porém, Cabral reafirmou apoio à campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, a despeito dos embates entre os dois partidos governistas.
O PMDB contesta a falta de apoio do PT à candidatura de Pezão e a insistência pela candidatura ao governo do Rio do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). PT e PMDB foram aliados durante toda a gestão de Cabral, mas, no começo de fevereiro, o PT efetivou sua saída do governo e da aliança.
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