RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um policial militar e um traficante foram mortos na manhã desta sexta-feira, durante troca de tiros na Rocinha em uma megaoperação da Polícia Militar (PM) que envolveu oito favelas do Rio de Janeiro.
Outros três traficantes foram presos durante a incursão, uma das maiores da corporação no ano, com a participação de 1.510 policiais, segundo informações do comandante do Batalhão de Polícia de Choque da PM, Romilton de Souza Corrêa. Foram apreendidas três armas e uma granada do exército.
Rosifran Coelho Lopes, de 24 anos, soldado do Batalhão de Operações Especiais (Bope) morreu durante tiroteio no alto da favela. O traficante morto carregava um revólver calibre 38, uma granada do Exército brasileiro e três quilos de maconha prensada. "Houve tiroteio intenso na Rocinha, em Leopoldina e em Santa Cruz. Estou satisfeito com o resultado da operação, mas infelizmente tivemos a morte de um policial em ação", disse a repórteres o comandante Corrêa.
Na operação policial, que aconteceu entre 4h e 10h, a PM adotou um sistema de sigilo mesmo dentro da corporação, com os comandantes de cada região recebendo sua missão em um envelope lacrado horas antes da saída para as favelas.
"Utilizamos um avançado sistema de inteligência nessa operação. Os comandantes das regiões receberam envelopes lacrados com suas missões, incluindo fotos dos traficantes e mapas das favelas tirados de satélites", acrescentou Corrêa.
O comandante não quis informar quantos traficantes estavam sendo procurados na operação, mas adiantou que outras incursões semelhantes acontecerão para desmontar as redes de tráfico de drogas.
"Dessa vez tivemos um grande números de policiais devido às áreas envolvidas, que eram consideradas de alto risco. Não significa que nas próximas vezes usaremos esse mesmo números de homens."
O complexo de favelas que recebeu o maior número de policias foi Mandela e Manguinhos, com 550. Na Rocinha foram 300 PMs.
"As polícias foram determinadas a realizar planejamentos minuciosos, para que as ações sejam cirúrgicas e técnicas, visando a evitar, ao máximo, expor a riscos os moradores das comunidades carentes oprimidos pelos traficantes", afirmou o secretário de Segurança do Estado do Rio, Marcelo Itagiba.
(Por Pedro Fonseca)
"As polícias foram determinadas a realizar planejamentos minuciosos, para que as ações sejam cirúrgicas e técnicas, visando a evitar, ao máximo, expor a riscos os moradores das com unidades carentes oprimidos pelos traficantes", afirmou o secretário de Segurança do Estado do Rio, Marcelo Itagiba.