|  |  22/06/2005 - 16h06 Cadeia perpétua para 10 acusados de massacre nazista em 1944 Roma, 22 jun (EFE).- O tribunal militar da Spezia, no centro da Itália, condenou nesta quarta-feira à prisão perpétua dez envolvidos em um massacre cometido por militares nazistas em 1944, quando 560 italianos foram assassinados na cidade de Sant'Anna di Stazzema.
Os condenados são dez ex-membros da SS (guarda política alemã), todos eles atualmente com mais de 80 anos, que foram declarados culpados do massacre perpetrado há mais de meio século.
A sentença, emitida pelo tribunal de Spezia após mais de sete horas de deliberações, põe fim a um processo judicial iniciado em 20 de abril de 2004. Nenhum dos condenados está na Itália ou assistiu ao julgamento.
Os envolvidos no massacre são o tenente Karl Gropler, de 82 anos; o tenente substituto Georg Rauch, de 84; o subtenente Gerard Sommer, de 84; os sargentos Alfred Schoneberg, de 84; Ludwig Heinrich Sonntag, de 81, Alfred Concina, de 86, Horst Richter, de 84, Werner Bruss, de 85, e Heinrich Schendel, de 83; e o cabo Ludwig Goering, de 82 anos.
O massacre ocorreu em 12 de agosto de 1944, quando os militares da SS nazista mataram a 560 civis de todas as idades com disparos de metralhadora e granadas, para depois reunir os corpos próximo à Igreja de Sant'Anna e carbonizá-los.
O único que confessou participação no massacre foi o cabo Goering, que admitiu ter fuzilado vinte mulheres. Seu advogado havia pedido a absolvição ao alegar que não tinha outra opção além da obediência a seus superiores.
Os envolvidos no massacre pertenciam à divisão 16 dos "Panzergrenadier", e foram acusados de assassinato premeditado, dado que "eram especialistas e estavam preparados".
A sentença foi recebida com emoção e aplausos por parte dos presentes na sala, entre eles o prefeito de Sant'Anna, Michele Sillicani, que mostrou sua satisfação e "gratidão" pela decisão do tribunal.
"Após 61 anos a justiça foi feita", afirmou o prefeito. O município de Sant'Anna conta atualmente com poucas dezenas de habitantes, que vivem em um punhado de casas em volta da igreja.  |  | |